29 de abr. de 2010

Dia das mães chegando... começa o festival de machismo na publicidade



Dia das mães chegando... e com ele, o festival de machismo na publicidade!

Essa "joinha" de comercial está sendo veiculado atualmente como campanha nova de dia das mães di shopping Itaguaçu de Floripa.

Pra mim esse comercial reforça o nosso papel mais importante que sociedade prega:  as rainhas do lar! Parabéns aos criadores! Palmas para eles e para as mulheres alienadas que acharam "uma gracinha".


O anúncio mostra que é estranho o cara cozinhar e que a cozinha é nossa praia, não deles... não somos melhores em outros campos, porquê há uma cobrança da sociedade que sejamos antes de qualquer coisa as melhores donas de casa, melhores mães... e sermos mães inclui sermos boas esposas, boas cozinheiras... esse é nosso verdadeiro papel! Tá ali a garotinha, filha da sociedade patriarcal no comercial para confirmar quando faz cara de alívio quando a mãe rainha do lar chega. (A mulher, inclusive, que opta por não ter filho, é vista como uma pessoa fria, quase uma criminosa. Eu amo ser mãe, mas não é por isso que condeno homens e mulheres que priorizam não ter filhos).

Infelizmente o festival de publicidade está só começando... dia das mães é prato cheio para as agências conservadoras, tradicionais, pouquíssimo criativas e inovadoras. A mídia é muito machista e insiste em nos dizer que como mulheres, de fato nosso papel crucial deve ser esse. Ai ai, como falta tempo para a gente avançar pelo menos umas 4 décadas. Morro de curiosidade de saber se daqui há mais uns 40 anos, a luta feminista ganha mais espaço no mundo.

Abaixo o sexismo!!!

"Uma verdade existe sem depender de opiniões"

Em uma rodinha de festa conversando com outras mulheres, me perguntaram se eu falava sobre sexo com meus filhos pré adolescentes. Eu respondi que sim, pois sou uma mãe amiga e procuro informá-los com naturalidade sobre o assunto. Uma das mães soltou a pérola: "facilita por seus filhos serem homens, se fosse menininhas teria que falar de forma diferente." Logo para quem ela falou isso? kkk Bom, essa jovem mãe representa boa fatia sexista da sociedade, infelizmente. Isso me fez pesquisar na net para trazer um texto bacana aqui sobre o assunto meninos e meninas. Eu odeio a literatura e mídia sexista que contribui com esse pensamento social. Tem até livros específicos: "criando meninos" e "criando meninas", para comprovar o quanto essa crença está incorporada no cérebro humano. Vamos fazer o que eu mais gosto de propor aqui neste blog? Então, vamos la: que tal questionar? Vamos à leitura anti-sexismo:

"Até os três anos de idade, as crianças não sabem o que diferencia um menino de uma menina. Na verdade, para elas, menino é aquele que tem cabelo curto, e menina quem tem cabelo grande, o que na verdade já é um estereótipo social, só que ainda não sabem disso.

Logo que nossos filhos nascem, cuidamos de nutrir em seus inconscientes o que primeiramente são, mulher ou homem. Como também já temos um padrão de tratamento para cada gênero, isso complementa a primeira parte do condicionamento que irá transformar menina e menino em seres completamente antagônicos, predestinados a viverem eternamente em conflito, diferentes até como seres humanos. O culto às diferenças passa a ser largamente empregado a partir de então, qualquer que sejam nossas ações.

Observando com mais atenção, podemos perceber que, a partir do momento que as crianças são segmentadas por gênero, toda uma imensa máquina indutora de hábitos, está por trás a apoiar e alimentar tal iniciativa; iniciativa que foi idealizada por eles, mas que delegarão para nós como um processo natural no desenvolvimento de cada indivíduo. Sem perceber, a partir de então, seremos seus agentes multiplicadores. Estamos de um modo tal envolvidos com a questão, que até nossas emoções foram cuidadosamente programadas, de maneira a tratar cada sexo como antagônicos, tornando-nos multiplicadores dessa idéia na mente coletiva.

Existem mesmo reações específicas, por parte de mãe e pai, na forma de falar, nos grupos de palavras que empregam, nos gestos usados quando conversam com os filhos ou filhas. Mudam os conteúdos de cada diálogo, criando um verdadeiro modo operacional de como tratar meninas e meninos. É o poder das tradições que insistimos em perpetuar, ou porque nos falta interesse para questioná-las, ou porque é para nós mais conveniente simplesmente copiar aquilo que já existe pronto, o que decerto dará menos trabalho.

Ao conviverem de forma natural, sem a imposição dos nossos vícios e preconceitos, aprenderão espontaneamente a se respeitarem de acordo com suas limitações e disposições; estarão vivendo num mundo novo, já que cada dia será de descobertas. Não aprenderão que meninos se vestem de azul e brincam com carrinhos, nem que meninas preferem rosa e brincam necessariamente com bonecas, nem que meninos são agressivos e as meninas meigas; descobrirão tudo isso naturalmente, se for uma coisa verdadeira.

Convívio sem a instituição do gênero, faculta-os a compreenderem naturalmente o papel de cada um. Não tentarão se impor uns aos outros; nem haverá a necessidade do gênero dominante, pois isso apenas existe a partir do momento que instituímos o fraco e o forte, o inferior e o superior.

Compreender isso é aprender a respeitar o espaço e limites de cada um, entender que os gêneros não existem para competir entre si, mas antes disso, para se completarem. Não existe inferior ou superior, e sim, diferentes predisposições e capacidades, naturezas psicológicas não antagônicas como queremos supor, mas peculiares a cada ser. "

Texto: John Talber
(Pedagogo e escritor de temas de auto-ajuda. É pesquisador, e estudou por muito tempo filosofia oriental, antropologia, os costumes antigos e a importância das tradições sobre nossas personalidades).

Para ler o texto na íntegra clique aqui.

27 de abr. de 2010

Teoria evolutiva, lendas urbanas e conceitos sociais

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Teoria evolutiva, lendas urbanas e conceitos sociais

Hoje recebi um e-mail alertando a população sobre o tráfico de órgãos. Aí onde vejo a inocência das pessoas em relação às informações que se recebe. Encaminhar e-mail sem verificar a veracidade do mesmo é a cara do povo brasileiro. Tem um montão de gente que ainda cai nos contos dos e-mails. Sou super fã do Dr. drauzio Varella  e lembrei que um dia ele foi no Fantástico esclarecer esse mito do tráfico de órgãos. Eu lembro que antes da internet essa história já circulava nos telefones sem fios sociais que fortalecem as lendas urbanas. Eu com essa minha mania de querer mudar o mundo,  para prestar uma boa ação, resolvi procurar no site  do Dr Drauzio sobre sobre o falso crime de tráfico de órgãos. Não é que além disso, achei vários artigos sobre a espécie evolutiva? Bom, você pode ta se perguntando o que tráfico de órgãos tem a ver com o machismo? Nada. Mas acho interessante que você desenvolva seu senso crítico em relação às informações que recebe e não questiona. Seja por e-mail, seja de sua mãe, sejam construções prontas de uma vida inteira. Sacou a relação agora? Bom, eu trouxe aqui alguns trechos para os que tem facilidade em acreditar em historinhas prontas sociais tentarem analisar as coisas com mais diversidade de parâmetros.

Pra começar, vamos falar de novo sobre sexualidade. Sim, é preciso bater na mesma tecla para que as pessoas parem de acreditar em teorias prontas e criem as suas próprias. Copiei um trecho de um artigo sobre evolução da espécie que mostra o quanto é relativa a monogamia nos macacos e desfaz a lenda de que os machos são os mais poligâmicos que as fêmeas. Na verdade, monogamia é inventada pelo ser humano, em todos as minhas pesquisas sobre o mundo animal, vejo que há relatos de ambos os sexos de várias espécieis serem monogâmicos ou poligâmicos. Naturalmente o universo do reino animal é predominantemente poligâmico. Isso é fato. Constatação.

Muitas pessoas machistas usam a teoria de que os machos humanos produzem espermatozóide todos os dias e a fêmea humana ovula apenas uma vez por mês, o que define o instinto no macho em se acasalar mais vezes para garantir a reprodução da espécie. Porém, se pensarmos por outro prisma, a coisa poderia se inverter se analisarmos que as fêmeas humanas são capazes de sentir orgasmos independentes de liberarem óvulos, ou seja, sua função de prazer pode estar dissociada da reprodução o que poderia torná-las mais propícias ao sexo por instinto e não por procriação. Nesse caso, não seriam, então, as fêmeas humanas mais promíscuas instintivamente? Se no mundo animal humano, boa parte dos machos pregam que a fêmea consegue ser mais fiel e menos instintiva do que os machos humanos, porquê será que ela tem a capacidade de sentir orgasmo diariamente tanto quanto o homem mesmo sem a função de engravidar? Curioso, não? Mas calma aê! Não estou afirmando que estamos em vantagem. Apenas trouxe aqui mais uma forma de reflexão. Como sempre, de novo eu digo: quanta babaquice igonorar o fato de que ambos os sexos têm a mesma capacidade de pensar, sobretudo!

Segue trecho do texto:

"Mesmo machos competitivos e violentos como os gorilas e os chimpanzés, por exemplo, que costumam punir com extrema agressividade o adultério, são ludibriados com freqüência muito maior do que a imaginada no passado. O grupo de Jane Goodal, a célebre primatologista americana, encontrou grupos de chimpanzés com mais de 50% dos filhotes concebidos fora da comunidade."

(Caramba, as macaquinhas são danadinhas então, hein? 50% delas não tem filhos com seus "maridos". E agora, fazendo uma analogia, se a safadeza masculina é pautada na teoria evolutiva e nos machismo do macaco, essa teoria cai por terra e mostra que fidelidade e instinto poligâmico é de cada pessoa e não de cada gênero.)

Outro trecho interessante:


"Descobrir a estrutura e as funções desses e de outros genes com mutações exclusivas da espécie humana, ocorridas ao acaso e submetidas ao crivo da seleção natural através da competição pela sobrevivência, permitirá conhecer a organização das moléculas que deram origem à condição humana. Não é mais instigante do que aceitar a idéia de que o homem seria fruto de um sopro divino e a mulher criada a partir de sua costela?"

(ixe, me desculpe, mas aqui tenho que concordar com a crítica e comentar uma coisa desagradável para os católicos: para mim, acreditar na bíblia é igual a acreditar em papai noel!!)


"Os genes que influenciam o comportamento não agem de forma isolada, como os que codificam a proteína responsável pela cor dos olhos azuis. Eles interagem com uma constelação de outros, localizados nas proximidades ou em áreas distantes dos cromossomos.

Para complicar ainda mais, o impacto do ambiente interfere com a expressão gênica de forma tão decisiva, que um mesmo acontecimento vivido por dois gêmeos idênticos, poderá ativar a expressão de determinados genes num deles e silenciá-la no outro."

A convivência social é capaz de induzir alterações gênicas de longa duração, fenômeno descrito em ratos, em 2003. "

Convivência social sempre pesa como fator mais determinante no comportamento dos indivíduos, já reparou nisso?
Se não pensou, então pense!

Para ler os artigos na íntegra, clique em artigos no site do Dr. Drauzio varella.

16 de abr. de 2010

Pérolas de textos machistas da revista Claudia Fev 2008


O que mudou de algumas décadas pra cá? 

Trouxe aqui algumas pérolas da revista Claudia...a rainha das machistas na minha opinião,( a começar pela coluna  triste de Danuza Leão... mas hoje não vim malhar o pau nela não, kkk enjoei de falar mal dela). Hoje vim aqui trazer uma matéria que vi na cadeira do dentista essa semana, em uma Claudia de 2008 e fiquei besta em ver que a revista ainda tem uma postura bem machista.

Sabe aquelas matérias típicas de revistas femininas? Então, se a gente fizer um apanhado da década de 70 até aqui, veremos que o machismo até diminuiu, mas ainda continua a todo vapor! Matérias como "Ele não me procura mais" são frequentes. Como prender um marido é a fórmula que as revistas mais exploram para vender. Como se o homem fosse um motor sexual que com o tempo tivesse mais direito de não sentir desejo pela mulher e como se só o desejo na mulher fosse pautado pelo amor. A submissão está por todo lado, até na hora da cama! Copiei alguns trechos e meus comentários são os de vermelho. Reflitam, comentem!

La vai:

 "A lista de inimigos do sexo é ampla. Um dos motivos mais freqüentes para o desejo esfriar em um relacionamento longo e estável, ou seja, com pelo menos dois anos de duração, é a tendência de o casal se tornar mais fraterno. “O homem passa a enxergar a mulher mais como mãe dos seus filhos e ‘deserotiza’ seu olhar para ela”, afirma Maria Helena Vilella, especialista em sexualidade e diretora do Instituto Kaplan – Centro de Estudos da Sexualidade Humana –, em São Paulo. Independentemente de terem filhos, se para você o sexo funciona como uma espécie de antídoto contra o stress do dia-a-dia, para o homem, cujo mecanismo biológico da ereção é complexo, em certos momentos o convite pode ser inaceitável do ponto de vista físico."

 Problemas de stress contribuem p falta de ereção, ok, isso é completamente aceitável, todo mundo tá sujeito, nao só o homem, a mulherada que está estressada também pode não tá muito afim de animar seu clitoris. Que história é essa que para nós sempre funciona como pílula anti- stress? Pelamôr!  


E ela nunca perde o tesão nele porque ele tem cara de pai, né? A cria é só da mãe, não tem pai, como sempre!!! As causas de falta de libido podem ser muitas, mas o cabra safado dizer que é porquê a mulher grávida não representa mais um padrão de beleza é pra se lascar!!!!!! É escancarar que a mulher é um objeto. A mídia publicar esse depoimento da sexóloga retrógrada como uma justificativa é ser conivente. É o fimmmm!!!

Depoimento da vítima do machista:

"A gravidez foi o melhor momento da minha vida. Estava casada havia dois anos. A partir do quinto mês, porém, meu marido passou a me evitar na cama. Foi difícil, me senti rejeitada e chorava bastante. Sentia muita falta de sexo. Acho que eram os hormônios. Tentei conversar, mas não funcionou. Até que um dia, durante uma discussão, ele soltou a pérola: não lidava bem com a idéia de transar com uma mãe! Parecia uma coisa antiga, e ele é muito jovem, descolado. Mas era isso. Falar essa verdade, que até para ele parecia um absurdo, foi o caminho para o entendimento. Nessa altura, mesmo com um barrigão de quase oito meses, voltamos a transar."


MARA*, 28 ANOS, JORNALISTA

É muita cara de pau um cara deixar de transar com uma mulher pq ela tem cara de mãe (do filho dele!) e pq isso o fez perder o tesão! O aspecto físico da mulher para os homens sempre colocados em primeiro lugar... Mas amor próprio ta valendo, né? Minha filha, se fosse eu mandava esse cara ir cheirar cu de passarinho! Que machista troglodita!

"Algumas mulheres, além disso, vivem a maternidade de modo exclusivista, deixando o parceiro de lado. O médico recorda-se de um casal que atendeu. “Depois de engravidar e ter um filho, o grau de apaixonamento dela pelo bebê foi tamanho que, sem notar, relegou o marido a segundo plano”, relata."

Por isso que mais uma vez eu insisto... mulheres parem com essa história de achar que a cria é só sua porque você carregou 9 meses sozinha! Depois que ele nasce o cordão umbilical foi cortado e ele só depende de vc para mamar, SOMENTE! Quanto egoísmo, ou burrice querer centralizar tudo e querer esse amor só para você... é por isso que eu digo: Licença paternidade já! Quem sabe assim homens "se apaixonem" mais pelas suas crias tanto quanto as mulheres, a ponto de querer não só se apaixonar, mas ajudar na troca de fralda, na hora de ninar, colocar pra arrotar, dar banho e etc etc... Gente, filho não pode ser visto como propriedade das mães!!! Nem como rivais de seus pais!

" Reclamações sobre mudanças na aparência feminina também já foram ouvidas em seu consultório. O homem fica num dilema: como vai dizer para a mulher que ela engordou demais sem arranhar sua sensibilidade?"

AAAaaAAAAaa parem o mundo que eu quero descer! Mais uma vez eu digo: uma mulher é um objeto? Com que direito ele pode ficar "chateado" por ela não estar mais dentro dos padrões? E eles? alguém fala da barriguinha de chopp deles nas revistas? Ou só importa o padrão estético DELAS? Meu pai que é ótima pessoa, mas um homem influenciado pelo machismo nato da sociedade, sempre diz que homem não precisa ser bonito, quem precisa é a mulher. kkkk Ai, quanto pensamento antigo!


Fidelidade ou não Independentemente do motivo, há um desdobramento tão freqüente quanto delicado, aponta a diretora do Instituto Kaplan. Muitos homens, ao se verem na condição de baixa libidinal, optam por procurar outras mulheres. “A nova conquista, além de um teste para sua virilidade, o faz sentir-se valorizado.”

clap, clap, clap. Palmas para a tal diretora do instituto que comprova a tese do sexo por sexo feito por homens e sexo com amor feito por mulheres. Era só o que faltava pra fechar com chave de ouro tantas pérolas. Jutificar a traição masculina como prova de "viriliadade". ai ai ai.

Agora vamos falar de onde vem essa resistência machista: não faz nem cem anos que a mulher era tida como submissa e feita para servir o homem. Por isso, nossos pais e avós ainda fazem parte dessa época. É inevitável que ainda não exista. Somos criados por eles e pouca gente questiona o comportamento social, apenas segue. È difícil para eles entenderem que o machismo é um preconceito tal qual racismo. Os homens de hoje ainda acreditam em diferenças biológicas e ainda sustentam algumas teses de que isso não é machismo, é ciência. Quando a gente vê que a cultura do patriarcado tem só 50 anos que começou a decair é que a gente percebe que vivemos numa sociedade ainda cheia de resquícios do machismo... as coisas nao mudaram nem um terço do que ainda vão mudar... tenho fé!

Preparem-se, peguei um apanhado de pérolas machistas de 50 anos pra cá, la vai mais divertimento:

Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas.


(Jornal das Moças, 1957)


* Se desconfiar da infidelidade do marido, a esposa deve redobrar seu carinho e provas de afeto.

Revista Claudia, 1962)



* A desarrumação numa casa-de-banho desperta no marido a vontade de ir tomar banho fora de casa.

(Jornal das Moças, 1965)



* A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas.

Nada de incomodá-lo com serviços domésticos.

(Jornal das Moças, 1959)



* Se o seu marido fuma, não arranje zanga pelo simples fato de cair cinzas nos tapetes. Tenha cinzeiros espalhados por toda casa.

(Jornal das Moças, 1957)



* A mulher deve estar ciente que dificilmente um homem pode perdoar a uma mulher que não tenha resistido a experiências pré-núpciais,mostrando que era perfeita e única, exatamente como ele a idealizara.

(Revista Claudia, 1962)



* Mesmo que um homem consiga divertir-se com sua namorada ou noiva, na verdade ele não irá gostar de ver que ela cedeu.

(Revista Querida, 1954)



* O noivado longo é um perigo.

(Revista Querida, 1953)



* É fundamental manter sempre a aparência impecável diante do marido.

(Jornal das Moças, 1957)

E agora la vai as propagandas de antigamente que são nada mais nada menos que a forma caricata dos dias atuais:


                                      "Quanto mais uma esposa trabalha, mais bonita ela fica!"




"Se seu marido descobre que você usa outro café..."



O "Chef" faz tudo, menos cozinhar! É pra isso que servem as esposas!"



Agora me digam se não tenho razão quando digo que é uma forma caricata de ver a mídia atual? E não é só issooo, além daquela propaganda da Havan que citei em alguns posts abaixo, tem muuuuitas atuais que também são machistas.

Vejam essa da Dermodex que tá nas revistas atuais:


"Lembra qual foi o último filme que você viu no cinema? A gente sabe o que é ser mãe."

Acho machista porque pressupõe que esses papeis são exclusivos das mulheres... "a gente sabe o que é ser mãe" exclui o pai e determina que só as mães trocam fraldas, só as mães acordam de madrugada. Será mesmo que só as mães usam Dermodex? Mais uma campanha publicitária que é senso comum puro! Vi muitos elogios à agência sobre essa criação. Não é engraçado uma mãe se anular e não ter mais vida propria. O pai então vai ao cinema normalmente? Não foi citada a existência dele...

Seria bem humorada e inteligente se a propaganda dissesse: " A gente sabe o que é ser mãe e pai".
Ah, sem falar nas propagandas de eletrodomésticos como sugestão no dia das mães, produtos de limpeza e etc...

14 de abr. de 2010

Pedido de casamento e a arte de desconstruir conceitos enlatados


Pedido de casamento "engraçado" para muita gente.


Hoje recebi um e-mail de uma pessoa que insiste em dizer que eu sou "doente" e que a ideologia feminista é "fora do mundo". No e-mail constava essa foto acima e o título era: "como pedir uma mulher em casamento."  A pessoa que mandou defende que não é machista. Que apenas vê o mundo "como ele é" e que isso NUNCA vai mudar, eu querendo ou não. Segundo ele feminismo é coisa de doido. As pessoas não entendem que é somente uma causa humanitária. Nem toda mulher se sente constrangida ao receber um e-mail como esse, onde um macho acha engraçado várias cédulas formarem um pedido de casamento. Até porque algumas até buscam isso como fonte de sustento em suas vidas. O que não falta é mulher machista por aí. Além de acusada de estar "doente" pelo emitente do e-mail, o senhor dono da verdade veio me dar conselhos de como largar a "loucura" e ir trabalhar.  Gostaria de deixar bem claro que esse blog é um HOBBY, eu não tenho vícios, trabalho muito. Sou dona de casa, mãe, faço cursos, estou estudando fotografia (amo), escrevo sobre moda, mercado imobiliário, viagens, mkt. Eu não bebo e não saio a noite, sou hiperativa e adoro vir ao blog nas horas vagas publicar minhas ideias.  Pra mim isso aqui é uma terapia!  Nao quero ganhar dinheiro com isso aqui não! Só quero atrair pessoas à reflexão sobre preconceitos e mostrar como o machismo está construído socialmente nas nossas vidas.

Piadinhas que estimulam e comprometem a imagem da mulher na sociedade, são "naturais" no ponto de vista da pessoa que me mandou a foto.

Minha resposta ao emitente do e-mail foi a seguinte:

Eu particularmente acho pedido de casamento super antiquado, hoje em dia um casal decide casar e nao mais o homem... mas entendo que muitos homens acima dos 30 tenham ainda uma mentalidade retrógrada em relaçao ao comportamento social feminino... se atualizar é tarefa para poucos, ou para as próximas gerações (provavelmente com cérebros mais estimulados a pensar fora do senso comum) e passar por cima até de uma suposta ciência (controversa) que comprova teorias sexistas até hoje...


Considerando os amantes à moda antiga (incluindo mulheres), acho que o pedido de casamento exposto, me parece mais um pedido que a parceira continue sendo propriedade e não companheira... vai de cada pessoa e cada percepção de mundo, gostar desse tipo de contrato...

Homem que consegue achar graça nessa piada, acredita ou faz parte de um relacionamento que reflete o teor da brincadeira, o que é lamentável... na linha de pensamento feminista a analogia é lógica: o machismo é tão prejudicial quanto o racismo . É só você estudar o universo mulherio e ver o quanto de preconceito e conceitos sociais formados elas estão inseridas. Vou ter que falar uma coisa que detesto, que é me fazer de coitadinha mas é necessário esclarecer aos ignorantes: feministas não são malvadas, nem perversas. Muito menos paranóicas. Trabalham com números. A inexpressividade da mulher é algo gritante e a disparidade em relação ao homem no mercado de trabalho e na política ainda é grande. Achar que a cultura da piadinha não tem a ver é ser conivente. É não achar que há nada para mudar. As poucas feministas que pensam por todas as mulheres (as que são e as que não são) buscam cada vez mais espaço por uma cultura onde ela seja vista com mais respeito, dignidade e com menos tolerância às piadas e comportamentos sociais que denigrem e ofendem suas imagens. Trabalhando fora ou donas de casa, o feminismo prega a verdadeira valorização da mulher.

Segundo o autor do e-mail, eu me incomodo com a piada porquê sou "louca, revoltada, invejosa, infeliz, mal amada e complexada". Sim, é isso que ele e a torcida do Flamengo pensa das feministas. kkkk Tenho que ter bom humor, fazer o que, né? É mais fácil as pessoas criticarem as outras do que fazerem uma autocrítica ou rever seus próprios conceitos. Me incomodaria escutar que eu estou voltada para meu próprio umbigo, mas não é meu caso. Queremos mudar o mundo, sim. Sonhadoras? Quantos "doidos" foram julgados...e quem me diz que é impossível que argumente e prove o contrário.


A arte de desconstruir conceitos construídos

Me arrisco a fazer outra analogia aqui... eu não vi muito BBB, mas dizem que Dourado era homfóbico. As vezes que vi, não achei. Porém já ouvi dizer que ele declarou que não era obrigado a gostar de gay. O que tem que mudar nas pessoas é essa visão preconceituosa sobre tudo! Ninguém é obrigado a gostar de qualquer pessoa, mas é explícitamente preconceiuoso afirmar não gostar especificamente de gay. Ele tem direito de não gostar do participante Dicésar, é diferente de não gostar de gay. A partir do momento que você diz que não gosta de uma pessoa, tem que ter argumentos. Na minha opinião não vale o porquê "eu acho". Acho que gays são assim, acho que negros são assim, mulheres são assado. Você tem que ter certeza e argumento.  Eu não gosto de psicopatas e vou explicar o motivo: porquê acho errado tirar a vida de pessoas inocentes. Eu tenho horror a muitos tipos de pessoas. Que podem ser brancas, pretas ou pardas: não gosto de pessoas fúteis porque acredito que elas contribuem para a alienação do cérebro dos outros. Não gosto de empresas que não se preocupam com o meio ambiente porquê acredito que elas desfazem a crença de que o consumo pode ser sustentável. Não gosto de machistas porquê eles ignoram que existe a igualdade. Eu posso dizer que não gosto de Jesus Luz porquê ele é gigolô? Peraí,  ser mais novo que namorada rica significa que o cara quer a grana dela? Eu não sei da vida pessoal deles. Infelizmente não sou amiga do casal. Certamente a pessoa que mandou a foto com o pedido de casamento que demonstra que mulher está a venda, ache o namorado da Madonna um gigolô, pois ele se baseia na teoria dos "achismos."

Domingo eu assisti um filme chamado Crash- No limite. Mostrava os vários lados e como cada visão de mundo forma seus preconceitos. Certamente, uma pessoa que crê que toda mulher é safada e gosta mesmo é de dinheiro, é uma pessoa que passou por problemas parecidos em sua vida, ou enxerga o mundo da forma que aprendeu nos filmes pornôs, na TV, no dia a dia. Em Crash, um policial branco racista, criou seu preoconceito através de motivos pessoais que o traumatizaram. Outro negro criou um preconceito com ele mesmo através de sua percepção com a sociedade. Um outro policial branco, destestava seu colega racista, porém de acordo com a sociedade preconceituosa, sentiu medo quando esteve dentro de um carro com um negro de aparência duvidosa.  Durante o filme,  uma construção e descontrução de preconceitos na nossa cabeça a cada cena.

No Jornal Hoje, vi uma entrevista com uma especialista em psicopatas.  Ela afirmou que mentes doentes estão em 30% da população, mas segundo ela, a doença não é capaz de se desencadear sozinha.  Uma base educacional mínima (pais, mães ou responsáveis que dão assistência, amor, carinho, escola e limites) pode prevenir uma mente propensa a adoecer.  O que me faz crer que as pessoas  criam suas "verdades",  baseadas em como o mundo é. E ele é cheio de comportamentos sociais prontos enlatados. Cada país com sua cultura. Ninguém está livre de ser preconceituoso. Nem mesmo os alvos de preconceito: homossexuais, mulheres, negros, deficientes físicos. Depois de ver o filme eu reforcei a minha teoria de que pensar diferente, agir sob um prisma fora da lata é quase impossível para muitas pessoas. Exige um esforço extra ordinário.  Minha dica é: tente a arte da desconstrução, se esforce! O mundo é carente de pessoas "doidas". De gente normal, que acredita em religiões ditadoras, convenções e paradigmas inquebráveis o mundo já está cheio...e uma coisa é certa, justo ele não está...ou você acha que está?

11 de abr. de 2010

Machismo na novela Viver a Vida



Cena comum: Mulher que bebe e "faz merda" apanha do marido ou do pai. Sim, esse direito de fazer merda não pertence à mulher. No homem é normalíssimo. Se fosse um filho homem isso aconteceria? Ser dona do próprio nariz na nossa sociedade e ter direito de tomar um porre (entendam: não estou defendendo que é certo) realmente é um dos direitos que a mulher não tem. Mas o machismo não para por aí na novela Viver a vida. Soraia, no outro dia, encontra sua prima Dora e diz que ela não perde por esperar. "Sou mais nova e menos gasta que você". Disse Soraia com tom de vitória. Manoel Carlos foi muito infeliz com esse trecho. Os personagens Gustavo e Marcos dão show de machismo também. A esposa de Gustavo, a Betina, apesar de vítima, não tem coragem de trair com o bonitão, afinal seus hormônios femininos não seguem os mesmos instintos dos machos. Sinceramente, machismo não cabe mais nas novelas, né? Pêlamôr, mais nova e menos gasta foi demais. Demonstra exatamente o nível de pensamento cultural que temos sobre as mulheres. A sociedade reforça através da mídia a importância de ser mais nova e menos gasta, mas não reforça a ideia de que os homens precisam ser mais lapidados, criados de forma menos machista, incentivados ao amor. Pelo contrário, o personagem Gustavo ta lá pra provar que mulher gosta mesmo é de cafajeste. Só as mulheres são incentivadas a valorizar a união, o sexo com amor, enquanto o todo onipotente macho é incentivado a seguir seu papel de "homem". O pai de Soraia agiu como um bom estereótipo "machão", típico de classes sociais mais baixas. Sua conduta deve ter sido aplaudida por muitos machões e mulheres machistas de plantão que se criam acreditando na inferioridade sexual das mulheres. Muita gente deve ta de acordo com o pensamento : mulher assim tem que se aprumar. Tem que levar surra mesmo pra ver se indireita. Afinal, o comportamento de Soraia foi de "puta". Deve ter muito telespectador do lado do pai dela, do lado da "decência". Principalmente os cidadãos de bem que vão à Igreja, né? Ok, desculpem-me a ironia, não quero ofender sua crença. Mas se fosse homem , por mais vexame que desse, teria um comportamento natural. O que é ser puta para você? Já discutimos isso aqui em outro post. Acredito que a personagem Dora é uma. Em busca de um macho provedor, não arregaça as mangas para ganhar seu próprio dinheiro, pior que isso: é mau caráter, transava com o marido da amiga debaixo do teto dela. Ainda engana outro homem sem saber sequer se o filho é dela. Isso para mim sim, é não se dar valor. Sua tia em uma conversa para aconselhar a moça, fez questão de salientar que ela é assim por causa de sua liberdade sexual. Deu a entender que Dora é puta por gostar de festas e homens. Ficou explícita à instigação a esse pensamento. O que reforça a ideia de que mulheres não têm direitos e as que se permitem são putas como Dora. Há uma distorção de valores quando o assunto é liberdade sexual feminina. Dora é puta de verdade, mas pelo seu mau caratismo. Diferente da puta profissional que merece mais respeito como a Mirna que faz pra ganhar dinheiro e isso é assumido. Ninguém quer se igualar ao homem que sai pra noite só para trepar e sai trepando como um animal. É comprovado que os machistas são mais propensos às doenças transmissíveis sexualmente e que são mais violentos. Sabe aquelas briguinhas de balada que sai até tiro? Certamente são provocadas por esses machões. Quando falamos em igualdade não é se igualar no que está errado. É criar nossos filhos sem ensinar-lhes que nos homens o comportamento de sexo instintivo é mais natural que na mulher. É ensinar que sair pra comer uma mulher e depois acordar do lado de um objeto é machista. Quem quiser se comer que se coma. Mas que haja respeito. Que seja um sexo seguro (com camisinha) que as duas pessoas se curtam, que os dois se divirtam. Que os dois se satisfaçam. Que ninguém faça ninguém de objeto. Que o homem não julgue a moça, que ele não faça sexo acreditando que fez por que obedece seus instintos, que ela não se culpe por ter sido "puta". Que nenhum dos gêneros acredite que sexo é a coisa mais importante quando sairem na noite. Que dois adultos permitam- se bater um bom papo e que sexo seja consequencia de pessoas maduras bem resolvidas que acreditam que tiveram afinidades, mesmo que por uma noite. Que de manhã, depois de uma noite de sexo, se respeitem mesmo que não haja interesse em nenhuma das partes em pegar o telefone ou dar continuidade. Que a quantidade de vezes que isso acontecer para o homem e a mulher não seja fator para rótulos: Puta e garanhão. Que a responsabilidade sobre seu corpo e suas emoções estejam acima de ser homem ou ser mulher. Que a crença no amor seja estimulada em ambos os sexos. Se há pessoas objetos e sexo pago, que seja comum para os dois gêneros. Que não só as mulheres continuem com essa conotação na mídia. Será que é um sonho meu acreditar que um dia não veremos mais nas novelas com cenas como essa?

10 de abr. de 2010

Vídeo criminoso e nós não fazemos nada... absolutamente NADA!



Achei esse vídeo na comunidade feminismo e libertação no orkut. Infelizmente tenho que dar IBOPE pra essa porca dessa apresentadora que é só mais uma mulher machista no mundo. Todas as feministas ficam com vontade de vomitar ao ver que existe isso e, pior, tem tem gente que acha engraçado. Infelizmente a questão do machismo é tratada como piada sempre, como já havia comentado em outros posts aqui.

Uma menina da comunidade feminismo e libertação disse uma coisa certa sobre esse vídeo: "a galera não entende que piada com violência doméstica é tão engraçada como piada com pedofilia, racismo, nazismo..."

Outra disse: "Violência contra a mulher é institucionalizada e incentivada..Esse vídeo, sob a aura de "ironia", na verdade é mais um, dentre MILHÕES de estímulos à pancadaria".

Outra disse: "Se nos uníssemos, não sobrava espaço pra esse lixo. Os negros se uniram. E vê se alguém faz piada com negro/afrodescendente com olho roxo e posta no youtube..."

Concordo 100%. Enquanto o machismo não for crime, teremos menos ainda mulheres na política, nas empresas e etc. Quando mulheres e homens serão vistos como seres humanos independente do que carregam no meio das pernas? Sempre teremos essa visão de "nascer para ser mãe", "nascer para ser boa esposa" (entenda boa esposa como escrava do lar), em primeiro lugar? Sou mãe (me considero uma mãe super carinhosa, atenciosa, responsável), sou mulher mas não acredito em uma ciência baseada em história que diz que temos um código genético mapeado por nossos ancestrais e isso faz nossa "habilidade" ser diferente. Como por exemplo, ter mais aptidão para tarefas domésticas. Os homens que gostam de cozinhar que o digam. Muito menos acredito que meus hormônios possam me fazer criar uma imbecilidade dessa como esse programa que faz apologia à violência. Sim, se é engraçado, incentiva a impunidade... mais uma vez você acha exagero meu? Melhor você sair desse blog então e ir lá pro google procurar piadas machistas, será mais interessante, vai la!

 A luta será muito árdua, o caminho longo e doloroso. Uma maioria acha tudo natural e acredita que as piadas também são naturais...um dia o racismo virou crime. Essa é minha esperança.

Copiei uma postagem muito legal na comunidade de uma feminista:

"Piadas de negros naturalizam o racismo, piadas de judeus naturalizam o preconceito contra judeus. É a mensagem subliminar passada: "nem é tão violento assim, nem dói tanto assim o tapa" Entendem?
Finalizando, vida as piadinhas com estupros de idosas (ah, foi "favor" dele estuprá-la - insinuando que ela estava sem sexo, mesmo, desesperada).

Isso faz com que o estupro passe a ser visto como algo nem tão grave assim.

Abram os olhos!"


 Amanda, aqui vai meu recadinho para vc que quer ganhar Ibope com esse programa criminoso: o que eu desejo é que vc seja vítima de violência doméstica, tenha que usar os 3 P's e ache isso super engraçado... nesse caso eu tb iria rir muito, para mim seria uma comédia. Ia dar dor na barriga de tanto rir. Você e outras mulheres machistas, merecem apanhar mesmo. Toda  porca safada machista como você merece uma surra seguida de estupro. Tomara que pegue Aids, ou engravide e não ganhe o direito por lei de tirar seu filho porquê a Igreja de proíbe.  Quem sabe depois disso tudo, você acredite que só a justiça salva o mundo.

Comercial machista da Havan


"Atenção: Na Havan, as mulheres compram mais, mas quem ficam felizes são os homens por pagarem menos". Era esse o comercial da rede de lojas Havan do estado de Santa Catarina.

Sou jornalista,  quase pós graduada em estratégia de mkt, e fiquei bege cintilante, furta cor, com esse comercial. Sei que meus colegas comunicólogos são muito atrasados no que diz respeito a publicidade, mas dessa vez esse comercial superou tudo. A breguice e mau gosto foram os principais ingredientes que os publicitários escolheram para fazê-lo. Que agência fez isso? Tô louca para saber quem foi o autor dessa pérola.  Senso comum puro! Pressupõe que todo homem trabalha e que toda mulher gasta. Óbvio que sabemos que temos uma cultura machista, e que essa é (infelizmente) uma verdade em alguns lares. Mas publicitário tem obrigação de ser moderno, de não generalizar. Como assim todo homem é quem coloca dinheiro em casa? Eu por exemplo, coloco mais dinheiro que o pais dos meus filhos. Acredito então que a Havan não seja lugar para eu me sentir na loja certa. Dia desses meu filho convidou 4 amiguinhos no fim de semana para virem brincar aqui em casa. Aproveitei para fazer pesquisa. Perguntei a eles como era na casa deles. Quem trabalhava e o que faziam os pais deles. Dos 4 amigos, 100% os dois (pai e mãe) trabalhavam, os dois colocavam dinheiro em casa e os dois ganhavam salários equiparados.

Conclusão: o comercial é preconceituoso, antiquado e machista. Fiquei muito impressionada e não entendi qual o intuito da loja... pegar apenas famílias que os hoemns são provedores? Excluir as famílias como a minha e a dos amiguinhos dos meus filhos?

Mais uma vez eu digo: o machismo deveria ser crime. A mídia que contribui com o machismo deveria levar multa. Tal qual racismo.

Exagero meu? Aqui vai meu aviso: se você acha exagero, é porque faz parte da turma dos neutros, dos que não estão nem aí, dos conformados, dos que acham que está tudo bem e que não quer que as coisas mudem. Continue acreditando que as coisas são assim  e sempre serão... "que nunca vai mudar", frase que já escutei de várias mulheres machistas. Nos encontramos na velhice e você me diz quem tinha razão. Abolição já!

7 de abr. de 2010

Sexualidade femina = sexualidade masculina. O que muda é a cultura.

O machismo no sexo


Vi em um blog e trouxe aqui:

"Está no cinema, nos livros, na educação dos filhos, na postura dos homens escorados na esquina, no olhar das meninas no shopping: o homem é o motor sexual da espécie. A mulher vai a reboque. É masculino o instinto poligâmico de fecundar o maior número de fêmeas que puder e passar adiante os seus genes. É feminina a tendência monogâmica de escolher o melhor parceiro possível para gerar a prole de melhor qualidade. E depois segurar o seu macho no ninho, de modo a melhor proteger os filhos.


Essas premissas têm feito muito sentido e garantido, há séculos, uma determinada relação de força entre os sexos. Só que as muralhas de Jericó estão prestes a ruir. Uma série de descobertas sobre a sexualidade feminina estão questionando convicções há muito estabelecidas, como a idéia de que os homens gostam mais de sexo que as mulheres ou de que os hormônios masculinos são uma bênção enquanto que os femininos são uma desgraça.
 
Novas evidências sobre o clitóris e pesquisas de comportamento animal provaram que a mulher nasceu, sim, para ter prazer no sexo e que sua propagada vocação para a monogamia não passa de IMPOSIÇÃO CULTURAL, sem nada a ver com sua programação natural. O biólogo inglês Tim Birkhead, da Universidade de Sheffield, acaba de lançar o livro Promiscuity (Promiscuidade), no qual analisa vários animais e conclui: as fêmeas da maioria das espécies - do gafanhoto ao chimpanzé - acasalam com vários machos.


"A concepção de que só os homens são poligâmicos é o maior mito da sexualidade"



Afirmou a antropóloga Helen Fisher, da Universidade Rutgers, de Nova Jérsei, Estados Unidos. Em seu livro Anatomia do Amor, Helen estudou o comportamento sexual de homens e mulheres em 62 sociedades ao redor do planeta e concluiu que o adultério é tão comum entre nós quanto o casamento. É claro que muitas mulheres (e homens também) optam por ser fiéis. Mas isso é uma escolha, não uma imposição biológica.


Os mecanismos do orgasmo feminino são tão complicados que os médicos ainda estão longe de entendê-los. Exemplo: ninguém conseguiu arrumar uma boa explicação para o fato de haver orgasmos clitorianos e vaginais. Freud difundiu a idéia de que o êxtase atingido a partir da estimulação direta do clitóris seria imaturo, comparado ao obtido com a penetração. Hoje ninguém mais classifica o clímax por ordem de maturidade.

A variedade orgástica feminina não pára aí. Há também os orgasmos múltiplos - algo que homem nenhum, por mais sensível, vai conseguir compreender. Quanto mais, sentir. Na verdade, existem dois tipos de orgasmos múltiplos. Um é o multiorgasmo, no qual a mulher consegue emendar rapidamente cada clímax em uma nova fase de excitação e, assim, ter três ou quatro orgasmos seguidos. Mas, sorte mesmo, têm as poliorgásticas. Essas felizardas têm um êxtase depois do outro, sem precisar de novas fases de excitação, porque se mantêm num platô de tensão sexual por muito tempo. Todas as mulheres têm a possibilidade de ter um multiorgasmo, mas poucas provam um poliorgasmo, que depende de características inatas.


Tecnicamente, o orgasmo feminino é um reflexo do corpo, que se manifesta por contrações vaginais. Ele é resultado de uma combinação complexa de estímulos. Podem ser visuais, imaginários, clitorianos, táteis, etc."

OBS: Muito bom o texto, peguei em um blog alheio, porém era muito grande e eu trouxe aqui apenas alguns trechos. Grifei a palavra "visuais" porque desfaz a ideia idiota de que mulher não se excita simplesmente com um estímulo visual, por exemplo um corpo nu masculino. Não há regras, cada pessoa é uma pessoa, há homens e mulheres que sentem mais prazer com estímulos visuais, táteis ou românticos. Ou tudo junto. Mulheres e homens são iguais, cada um com seu gênero, claro, o que muda é a cultura social que dita que revista masculina com mulher nua, "póoode", mas que ao contrário, as mulheres não gostam de ver. Mentira! As mulheres sentem vergonha por uma questão cultural e esse é o motivo mais forte para que elas não comprem. A verdade é que as mulheres não querem fazer dos homens objetos à venda assim como eles nos fazem...  tudo cultural, tudo aceito para sustentar o mito do sexo masculino! Grandes mentiras inventadas pelo mundo. Um dia desses vi em um programa popular uma mulher que pousou nua dizer que o nu masculino seria bizarro, por isso só existe o feminino. Se existisse revista de homem nu, na minha opinião poderia ser artística, como as moças que saem peladas alegam que são. O cara não precisaria ficar excitado, poderia ser natural. Para as mulheres que são hetero, me respondam: existe coisa mais linda que um corpo bonito nu masculino? O que há de bizarro nisso? Por acaso as mulheres que pousam nuas ficam excitadas nas fotos? Há sinais de lubrificações em suas vaginas nas fotos delas nuas? Suas vulvas ficam com tamanhos exaltados nas fotos?Oras.

Órgão sexual feminino, as mentiras mais frequentes:
 
Sobre o clitoris feminino, se você é homem, tire suas dúvidas aqui e desfaça o mito que as lésbicas gostam mais do orgasmo clitoriano. Já ouvi falar que tem gente que acha que uma mulher é lésbica por gostar mais carícias no clitoris, que na vagina.
 
Com freqüência tem se relacionado a carência de orgasmo vaginal com a imaturidade sexual, muita gente ainda tá naquela das ideiais de Freud (tudo babaquice e crendice que perdura até hoje) e muitas mulheres mentem dizendo que conseguem ter o tal orgasmo vaginal com medo de serem taxadas de lésbicas ou frígidas. Exatamente como Freud pregava. Não é impossível sentir o orgasmo vaginal, mas  é importante saber sem tabus e sem hiopocrisia, como funcionam as terminações nervosas. Assim como em um pênis, essas terminações concentram-se mais próximo da glande, e vai diminuindo no corpo do pênis. O mesmo acontece nas mulheres, as concentrações estão no clitóris, na vagina elas vão diminuindo. Porém o orgasmo que é naturalmente clitoriano em 99% das mulheres, desencadeia contrações vaginais. Isso é o normal. É assim para qualquer relação: gay, hetero... as pessoas precisam entender que relacionamento gay é simplesmente e unicamente quando se têm uma relação com uma pessoa do mesmo sexo.

Certamente a porcentagem de mulheres que não conseguem o prazer orgásmico através da penetração é altíssimo, sem que isto seja visto como um problema. A sexualidade é, quem sabe, o item mais peculiar da conduta humana, onde não há normas nem pautas.

Finalmente, muitas mulheres relatam que o orgasmo via vaginal é possível na medida que ocorra por sua vez, a fricção do critóris. Ou seja, a receita é estimular o lugar certo!

6 de abr. de 2010

E qual o problema dos filhos de Angelina Jolie e Brad Pit se vestirem como querem?

Menina se veste de Peter Pan e isso é notícia...

Sou fãaaazona de Angelina Jolie há muito tempo. E quanto mais sei dela, mas a admiro. Angelina é um exemplo de mulher. Agora, depois que vi no site da UOL que ela veste seus filhos de acordo com o que eles querem e não com o que a sociedade pede ou estimula (é só lembrar da filha de Tom Cruise, o povo acha lindo, porque ela reproduz as regras sociais, a menina é estimulada, ninguém nasce assim) agora fiquei fã com o papel dela de mãe. Isso aí, Angelina, criar filhos livres pensadores e livres para estimularem seus cérebros, é a melhor forma de educar uma criança. Sem sexismo, sem rótulos, sem recriminações imbecis. Meninos que brincam de casinha, não são obrigatoriamente gays, podem ser meninos que gostam de desenvolver seu lado família, e porquê não? Ontem eu perguntei ao meu filho de dez anos se ele brincaria de casinha se os amiguinhos dele também brincassem com as meninas. Perguntei se ele faria o papai da boneca e se participaria da brincadeira caso não houvesse o preconceito. Ele ainda não entende o que é preconceito e respondeu " Se ninguém achasse gay, eu acharia legal sim, e meus amigos também iriam gostar, eu acho".  Achei super inocente e vendo essa matéria lembrei do quanto as pessoas determinam os papeis na sociedade. Eu, particularmente e de acordo com meu poder de observação, acredito que a influência do meio é fator determinante. Acho que existe um mito que cada sexo nasce com suas características. "Meninos são mais arteiros, meninas mais calmas." É comum ouvir isso. Mas acho que há mais um poder psicologico nessa visão das pessoas do que lógico. Em outro post nesse blog, já comentei que já vi uma matéria que diz que meninos e meninas só sabem seus próprios gêneros após seus 2 anos de vida.

Bom, voltando às vestimentas dos filhos de Angelina, adorei a matéria, mas de certeza, ainda tem aqueles idiotas que lêem e dizem: "que ridículo os filhos de Angelina e Brad"... ai ai, quando o mundo vai perceber que ridículo é viver dentro de um padrão só?

segue matéria:
Fonte site UOL

"Blusão esportivo, calça cargo, tênis, chapéu e até gravata fazem parte do guarda-roupa de Shiloh, filha de Angelina Jolie e Brad Pitt. Ela também prefere se fantasiar de Peter Pan em detrimento da Branca de Neve ou da Cinderela, ícones das meninas de sua idade. Não é à toa que com quase 4 anos, ela já é alvo dos paparazzi, que não se cansam de clicar a pequena em visuais masculinos, o que abre a discussão: até que ponto é natural menina gostar das coisas de menino e vice-versa?



Para nós, adultos, essa troca de papéis causa estranheza, mas, segundo especialistas em educação infantil, isso não passa de um comportamento natural que pode ocorrer na infância. “As crianças não têm noção de gênero, raça ou classe social. O preconceito está na sociedade, no ambiente onde vive”, diz a pedagoga Maria Angela Barbato Carneiro, professora da PUC-SP (Pontifícia Universidade Católica de São Paulo).



Representação
Segundo a pedagoga, crianças brincam representando papéis sociais e, se não houvesse a intervenção adulta, meninas e meninos brincariam independentemente de brincadeiras masculinas ou femininas. “Nas classes sociais menos favorecidas, por exemplo, as crianças mais velhas cuidam das mais novas, e alguns meninos acabam brincando de bonecas, que representariam seus irmãos mais novos. Por isso é importante observar o que os brinquedos significam para a criança”, diz a professora. Outra referência para os pequenos é o contexto social em que vivem e a imitação da moda.
Sinal dos tempos

O visual de Shiloh chama tanto a atenção porque é filha de astros do cinema, o que repercute no mundo inteiro e toma grandes proporções. “Mas talvez isso não seja tão preocupante assim, já que as brincadeiras e comportamentos refletem as práticas sociais em determinada época”, diz Maria Angela. E, hoje, elas são mais verbalizadas, já que a globalização e tecnologia propiciam a informação em tempo real. Além disso, as crianças do nosso tempo têm mais chance de mostrar suas opiniões e fazer escolhas, o que não ocorria num passado não muito distante.

Mulheres tem tantos parceiros sexuais quanto os homens


http://colunas.epoca.globo.com/sexpedia/2010/03/16/mulheres-tem-tantos-parceiros-sexuais-quanto-os-homens/comment-page-4/#comment-5668


Gente, coisa boa é ver o tanto de mulher inteligente e quantas estão aderindo mais ao pensamento feminista. Fico feliz com vários comentários de mulheres que desenvolveram uma nova visão sobre o mundo e o comportamento feminino. Em contrapartida, a gente sabe que tem muitas por aí que não fazem NADA para exterminar o machismo e ainda continuam agindo como seres inferiores. Aí uma chega e diz que não é machista, mas em casa só cobra da filha na hora de lavar a louça depois da janta. O paizão tá lá jogando Wii com o filhão. Ela ainda diz que não vê machismo nisso... Outras fingem ser "virgens" ou pelo menos "quase virgens" para conquistar  e até casar com um machista, como se fosse crime ter liberdade sexual.

Nesse link da revista Época, tem muuuuitos comentários que deixam a gente a par do que as pessoas pensam sobre o assunto. Tem muitos  machistas revoltados (claro eles têm medo de perder as regalias que o machismo traz aos homens) resistentes às novas ideias. Tem um que eu dei risada. Mas na real, ainda é muito comum o pensamento antiquado.  Ele disse que se a mulher quer direitos iguais que carregue saco de cimento e trabalhe como pedreira na obra ou pague a conta do restaurante. Em que século esse senhor vive?

O que tem a ver força física com intelectual? O que tem isso a ver com poder ou nao transar com mais pessoas? O que tem a ver com ajudar dentro de casa? O que esta em questao nao é quem tem mais força para carregar saco de cimento... mesmo assim, se o mundo desse emprego para elas nessas áreas sem preconceito, garanto que surgiriam muitas candidatas às vagas... mas óbvio que anatomicamente muitas mulheres têm menos força que os homens, então óbvio que seja natural que eles ainda tenham mais empregos braçais, porém não menos duros que muitos que as mulheres realizam. Se um pedreiro é casado com uma faxineira, e os dois têm exatamente a mesma carga horária, garanto que os dois se cansam igualmente. Só que quando chegam em casa, é comum que ela trabalhe mais que ele.
Duvido que sequer 10% desses casais, o homem divida as tarefas domésticas.  Quanto a dividir conta, o mesmo serve para o cara, vcs dividiriam com as namoradas que sao ricas? Acho q nao existe regra para quem paga a conta, o ideal é q que seja rachada, mas não me incomodo de pagar pro meu namorado se estou com mais grana que ele... nunca achei que ele fosse vagabundo por isso, pelo contrario é um homem que aprendeu que o feminismo é uma ideologia que prega justiça e igualdade e nao essas porcarias que o revoltadinho escreveu ali... Também não me incomodo que ele pague minha conta se estiver em melhor situação que eu. Enqto isso na sala de justiça, os publicitarios fazem propaganda de detergente para as donas de casa ... paralelo a esse universo existe outro que muitos ignoram e que faz crescer o número de homens que moram sozinhos (e óbvio precisam de detergente) ou que contribuem com a louça em casa.

Me lembro que há uns 5 anos eu não conseguia comprar mochila para meu notebook ou uma mala legalzinha mais feminina porquê todos os modelos eram para homens. Fui em várias lojas. Como se houvesse uma presuposição de que notebook era coisa de homem, de executivo... e as executivas? Fui comprar uma mochila com detalhes vermelhos e mais feminina uns 2 anos depois. Isso me marcou. O mercado deixava de ganhar com isso, demorou para cair a ficha dos fabricantes.  Qdo será q chegará a era em que nao existirá somente donas de casa, mas "donos de casa?" as cabeças precisam se atualizar, a mídia precisa se atualizar!!!!

3 de abr. de 2010

Laura Muller. Enfim, um livro perfeito sobre sexo.


Acabei de ver no Altas Horas a sexóloga Laura Muller. Gostaria que ela soubesse que eu simplesmente sou uma suuuuuuuuuuuper fã dela. Sempre com respostas excelentes e muita simpatia ela esclarece muitos preconceitos em relação à sexo e inclusive várias vezes já a vi desmistificar essa coisa cultural que diz que homem ou mulher é assim, assado. Hoje no programa, ela disse algumas frases super bacanas que eu trouxe aqui junto com mais algumas que vi no blog dela:

" Homens e mulheres têm potenciais idênticos de sentir prazer" .

"Homens costumam aumentar o número de parceiras que teve na vida e mulheres costumam diminuir. Mas essa coisa é cultural está mudando. Eu particularmente acho que não precisa mentir, para que mentir?"

"O homem aprende desde pequeno que deve valorizar o pênis e que não tem problema tocá-lo. É até incentivado pelo pai. Já a mulher ouve da mãe coisas do tipo: “Tira a mão daí que é feio e sujo”. Com uma orientação sexual preconceituosa como essa, fica difícil mesmo ter uma visão positiva da masturbação."

Aconselho o blog dela, é super legal, amei e na minha opinião, só demonstra o quanto a sociedade precisaria mesmo de uma educação sexual de qualidade nas escolas, pois as pessoas crescem com muitas dúvidas.

Para quem quer comprar o livro, dá para comprar on line na livraria Saraiva. Acabei de comprar o meu para dar de presente ao meu filho que vai fazer 12 anos. Por mais que eu seja uma mãe moderninha e tente falar sobre o assunto, sabe como são os pré aborrecentes, né? kkkk Acho que o livro da Laura vai esclarecer tudo da maneira que eu queria, sem falar que uma sexóloga falando ele bota mais fé do que a mamy, né?

Bjoss!
Liah

2 de abr. de 2010

Entrevista com uma ex feminista. Agora machista. (vamos analisar?)

Apenas mais um livro machista no mundo...

Você já ouviu falar em ex gay? e ex feminista? Nãoo? Eis aqui uma! Gente, é incrível como o mundo odeia as feministas. Antes eram os negros. Agora, mais que nunca, nós, pobres feministas. Uma tal psicóloga americana resolveu "virar a casaca" e largar a bandeira do feminismo que levantou há anos para afirmar que o paradoxo do sexo é real e que chegou à conclusão que nós mulheres não somos tão capazes quanto os homens. Se eu fosse burra, eu acreditaria simplesmente e não questionaria tudo que essa mulher disse. Outro dia conheci um homem que adorou as ideias dela e defendeu com unhas e dentes. Quem é essa tal autora? A detentora da verdade? Respeito o que ela pensa, mas gostaria que ela respeitasse o que outros cientistas pensam acerca do assunto. Uma coisa é certa: a violência moral, psicológica e física contra a mulher cresce a cada dia no Brasil pois nosso governo misógino ainda não criminaliza o machismo como criminalizou o racismo contra os negros por exemplo.

Não que eu queira que ela vá presa por escrever tanta asneira. Sou contra a censura, e acho que cada um acredita no que quer. Por isso, o tal livro tem todo direito de estar nas prateleiras das livrarias. Mas veja a entrevista dessa senhora que diz que nós somos biologicamente feitas para não ter os mesmos direitos e a mesma capacidade de pensar... é estranho que ela se baseie em fatos da teoria dos ancestrais, pois, se o comportamento das nossas antepassdas é fator decisivo para determinar nossos genes, porquê existem exceções à regra? Porque algumas mulheres se sentem  inteligentes e aptas para liderar empresas, pilotar aviões ou fazer coisas tipicamente masculinas? Todas exceções? Todas com "defeito" genético? Quem sabe hermafroditas cerebrais... As mulheres precisam de uma escritora para vir conformá-las e confortá-las de que o mundo é assim porquê é? Ou as mulheres precisam de mais justiça? Tudo bem que a cientista defenda sua tese baseada em estatísticas e na maioria. Mas e a minoria feminista? Tem que se sentir excluída? Dia desses vi uma reportagem de como é a vida de um cadeirante. Dificílima porquê a sociedade está habituada com pessoas que andam com as pernas e não em cima de uma cadeira de roda. É a sociedade da exclusão, que escreve livros para pessoas "normais" e que não aceita pessoas e pensamentos divergentes.

Gente, a nossa luta é só por querer direitos iguais!!! Precisa mesmo disso tudo? Precisa dessa briga como se existisse uma competição dos gêneros? Quem é capaz de ser mais aguçado sexualmente, quem é mais família, quem é mais inteligente? Tudo por causa de hormônios ou ancestrais... Acho isso ridículo! Como alguém escreve um livro para justificar a exclusão? Como uma pessoa consegue enxergar as mulheres no Afeganistão e simplesmente explicar que é "genético"?

A entrevista  foi postada na comunidade feminista do orkut, e uma pessoa respondeu uma coisa que achei muitíssimo interessante:

"Se a autora do livro fala de estatísticas, se a maioria dos crimes é cometido por homens (cerca de 95%), então os homens são naturalmente criminosos?"

Bom, eis aqui mais um texto reflexivo. O que acho pior é quem lê o negócio e simplesmente alfineta as feministas, como quem acha toda lógica em um livro que simplesmente diz a mesma coisa que todo mundo já diz há décadas... tudo baseado na cultura, como sempre... exatamente como eu cansei os dedos aqui questionando essas tais deduções no post anterior sobre Darwinismo e machismo... Vou copiar aqui a entrevista dela e de vermelho farei alguns comentários e perguntas que eu gostaria de fazer a ela. Como não tenho oportunidade e meu blog não tem tamanho alcance, eu gostaria de pedir à você, caro leitor para responder se for capaz e debater comigo.

Segue entrevista com a autora do livro "o paradoxo dos sexos":


Mulher é mais feliz quando reconhece diferenças de gênero, diz cientista



RICARDO MIOTO

da Folha de S.Paulo


Após abandonar o feminismo, a psicóloga Susan Pinker adotou um novo olhar sobre as diferenças biológicas que existem entre os sexos. Para ela, o movimento foi bom por ter dado liberdade de escolha às mulheres, mas errou ao afirmar que todas as distinções de gênero eram socialmente construídas. Em seu novo livro, "O Paradoxo Sexual", ela defende que salários de homens costumam ser maiores hoje não por discriminação no mercado, mas porque eles priorizam mais isso. Ou seja, socialmente construídas!!!kkk Alguém mais achou redundante?

Professora da Universidade McGill, de Montréal, a canadense Susan Pinker segue a mesma linha de pesquisa que seu irmão Steven. Ambos buscam entender a mente humana no contexto da evolução. Em entrevista à Folha, ela conta por que sente pena de Lawrence Summers, reitor da Universidade Harvard que perdeu o cargo acusado de machismo.

Folha - Seu livro fala sobre mulheres em empregos com bons salários, mas que as afastavam dos filhos, tornando-as infelizes. Por que elas quiseram anonimato? (será mesmo que toda mulher só é feliz quando gruda no filho de forma que se anule e esqueça as outras coisas?)

Susan Pinker - Acho que as mulheres que fazem essa escolha ainda estão envergonhadas de não estar agindo como homens. Mas não podemos esperar isso delas. Elas não são homens.

Folha - Como assim?

Pinker - Existe a expectativa, no Ocidente, de que mulheres devem voltar a trabalhar normalmente quando seus filhos ainda são pequenos sem que se sintam mal por isso. Mas essa angústia tem razões biológicas. Se você der liberdade de escolha, mulheres vão querer trabalhar menos enquanto seus filhos forem novos. Na América do Norte e na Europa, entre as empresas que oferecem aos seus funcionários trabalhos em meio período, 89% dos que aceitam são mulheres. Isso oferece às mulheres mais tempo não só para os seus filhos, mas para seus outros interesses.  (Por acaso existe licença paternidade para o homem ter esse tipo de direito à escolha? Será que um funcionário que acabou de tornar-se pai não gostaria de ficar com suas crias um pouco mais também? Se eles fossem estimulados a brincar de papai quando crianças (como as meninas são estimuladas a serem mamães de suas bonecas, será que não valorizariam mais suas crias? Supondo que existisse esse tipo de brincaedeira para os meninos, o seria fator determinante para ele ser gay como a sociedade machista acredita?)

Folha - Ganhar um salário menor é o preço que as mulheres pagam para satisfazer seus sentimentos?

Pinker- Sim. Fui entrevistada por uma jornalista na Holanda, onde há leis que dizem que, se você quer trabalhar só meio período, não pode ser demitido. A maioria das mulheres na Holanda não trabalham o dia inteiro, tendo filhos ou não. Essa jornalista trabalhava só quatro dias por semana. Ela dedicava as sextas para tocar piano, e achava que não seria feliz sem isso. Então não se trata apenas de cuidar dos filhos, mas também de ter uma vida mais equilibrada. Para as mulheres, a vida não é apenas trabalho, salário e promoções, ao contrário do que pensam muitos homens, que acham que tudo isso vale a pena quando compram um novo carro. Incomoda a muitos deles pensar que outras pessoas estão ganhando mais dinheiro, que moram em um lugar mais legal. São mais competitivos, gostam mais de assumir riscos. Não todos, mas eu diria que 75% dos homens são assim. (Será que 75% são assim exatamente por ainda viverem em uma cultura patriarcal onde o peso da responsabilidade de colocar dinheiro em casa é muito maior para eles? Até agora o paradoxo em todas as respostas me parecem mais culturais do que biológicos... ou seja, voltemos à mesma tecla de como seriam as coisas se não fossem culturais... esse tipo de ciência não deveria ser considerada ciência...)

Folha - Ou seja, não é regra.

Pinker - Eu sempre deixo claro que cada pessoa é um indivíduo único. Ciência é estatística, pessoas são únicas. (ué, então há uma contradição aqui? então a ciência que ela se baseia é a velha ladainha da fusão da conduta cerebral com  a biológica determinante para continuar o machismo na nossa sociedade? Então a culpa é dos meus ancestrais? Eu sou obrigada e codificada a agir mais ou menos como eles eram na época das cavernas? Até onde a ciência é capaz de associar essa capacidade aos cérebros femininos?) Então, quando você estuda ciência, está analisando probabilidades. Sempre existirão exceções. Compare com a altura. Em geral, homens são mais altos, mas existem várias mulheres mais altas do que muitos homens. (certo, então com exceção das feministas, a maioria nasceu para ter menos aptidões e isso é assim e acabou-se?)

Folha - Mas ainda existe muita resistência à ideia de que as diferenças entre os gêneros não são apenas socialmente construídas.

Pinker - As mulheres foram discriminadas por tanto tempo que as pessoas têm uma aversão à ideia de que existe uma diferença natural, biológica. Acham que falar sobre diferenças é voltar a pensar como antigamente, quando, na verdade, não tem nada a ver com discriminação. É bobo ignorar as evidências científicas porque você tem medo do que elas vão dizer. (Não tenho medo de nada, mas quero saber de diferenças cerebrais comprovadas entre homens e mulheres, quero saber onde meus hormônios femininos entram nessa questão de não ser apta à algumas funções... ao contrário de sua afirmação, as pessoas não tem aversão às ideias que existem diferenças, as pessoas acreditam e muito nas diferenças e por isso a sbmissão, a violência doméstica e etc... )

Folha - Mas pode soar como "acabou a festa, todas de volta para a cozinha, os afazeres domésticos"...

Pinker - Estou muito longe dessa mensagem. (Como assim? Então o leitor é burro? Qual o propósito desse livro? ser comercial? Foi escrito por ser mais fácil de vender suas verdades do que verdades menos aceitas socialmente? Há algum outro interesse além de polemizar e ganhar $$$? )O que acontece de bom quando as mulheres aceitam que existem diferenças biológicas naturais é que elas se sentem muito menos isoladas com seus sentimentos. Se ignoramos as diferenças, estamos forçando mulheres a assumir cargos e trabalhos nos quais boa parte delas não serão felizes, talvez como executivas ou engenheiras. (Não seria partindo do que você pensa quando fala isso?) Muitas mulheres me disseram: "Graças a Deus você fez esse livro. Eu achava inaceitável aquilo que eu sentia". (Será que elas sentiam tanta coisa por serem vítimas das famosas "dobradinhas infernais, onde a mulher tem que ser mãe, esposa, trabalhar fora e ainda ser linda? Sérá que elas diriam graças a Deus se seus machos participassem com os filhos tanto qto elas? Ou será que o problema não seria a sobrecarga e a pressão psicológica que a mulher moderna é essa super heroína fazedora de tudo? Se essa sua "ciência" tivesse realmente validade, eu não seria uma mãe que prefere trabalhar fora a passar um dia inteiro criando filho...) É difícil para elas gostar de trabalhar com pessoas, mas saber que empregos assim não são tão bem pagos quanto os que envolvem lidar com "coisas", como engenharia. A maioria das mulheres gosta de trabalhos como assistência social, pedagogia, profissões na área de saúde, mas salários nessas áreas costumam ser menores. (Mais uma estatística fruto da cultura machista... se as coisas fossem diferentes o preconceito delas não seria menor para cursarem cursos tipicamente de"machos"? Novamente faço a pergunta: onde está a diferença científica cerebral? Onde está a comprovação que meus hormômios de mulher me fazem ser uma mulher mais feliz reconhecendo os "gêneros" se não é assim que me sinto feliz? )

Folha - Mas, se as mulheres gostam de áreas que pagam menos, não há nada a fazer, então?

Pinker - Precisamos remunerar melhor as mulheres pelos trabalhos que elas preferem. Ou seja, começarmos a pagar aos professores tanto quanto pagamos aos engenheiros. Muitas mulheres esperam que as suas conquistas sejam reconhecidas sem que tenham de pedir aumentos. E, por isso, têm menos chances de ver os seus salários subindo. Se eu sou um chefe e recebo um homem em meu escritório dizendo "veja o que estou fazendo, eu mereço um salário maior", tenho mais propensão a oferecer um aumento a ele do que a outra pessoa que faz o seu trabalho sem reclamar. (outros estudos na área empreendedora dizem que é exatamente ao contrário... quando você é bom no que faz, seu chefe irá perceber sem que você peça aumento... e serve para ambos os sexos)

Folha - O que a sra. pensava sobre as diferenças de gênero quando era jovem? Leu Simone de Beauvoir?

Pinker - Sim, claro, como todo mundo naquela época. Estamos em um ponto alto do movimento feminista. Quando eu estava na universidade, no final dos anos 1970 e começo dos 1980, a expectativa era que homens e mulheres fossem idênticos, que nós deveríamos fazer as mesmas coisas, trabalhar a mesma quantidade de horas, no mesmo tipo de emprego, ter o mesmo tipo de vínculo emocional com o trabalho doméstico e com as outras pessoas. Eu acreditava muito nisso, li todos os livros das principais feministas.(Você nunca foi realmente feminista, fez isso porque estava na moda ser revoltadinha, ser reviolucionária, do contra... nunca quis isso no fundo!) Foi só quando eu fui trabalhar e quando meus filhos nasceram que percebi que havia um buraco entre a minha abordagem intelectual do assunto e os meus sentimentos. ( que egoísta de sua parte escrever um livro se dizendo cientista quando o fator psicológico pessoal pesou em você... e os homens que quando têm filhos sentem essa mesma sensação única de ter um filho? Eles então são incapazes de ter esse mesmo sentimento que voce teve? Eu sou mãe e não aconteceu nenhum buraco em mim, nenhuma vontade de abandonar tudo e prevalecer só o instinto maternal, muito menos acredito que é prova de menos amor não ser mãe em tempo integral)

Folha - Então deveríamos agora esquecer "O Segundo Sexo" [livro de Simone de Beauvoir, de 1949, marco do feminismo]?

Pinker- "O Segundo Sexo" era interessante em sua época, mas está ultrapassado. A ciência avançou muito desde então. Não tínhamos ressonância magnética nem o mapeamento do genoma humano, não sabíamos metade do que sabemos hoje. Hoje estamos entendendo como os hormônios afetam os comportamento humano. (Por mais evoluída que seja a ciência, não é novidade a teoria evolutiva e os papeis das nossas ancestrais. Por isso, querida autora, não é porque você foi mãe e padeceu no paraíso que seu ponto de vista mudou e você pode usar a ciência para justificar seus parâmetros pessoais... em mim e muitas outras mulheres empresárias, cientistas que são mães não aconteceu buraco nenhum, podemos sentir falta de nossas crias, assim como os pais sentem também. Se eu ganhasse na Mega-sena e não precisasse mais trabalhat não seria minha primeira opção passar o dia inteiro grudada nos meus filhos. vale enfatizar, que eu amo meus filhos! Muito!)

Folha - Como foi a experiência da sra. em um kibutz?

Pinker - Eu tinha 19 anos e fiquei um ano num kibutz porque eu era socialista. Era um lugar interessante para perder noções irrealistas. Existiam trabalhos que a maioria das mulheres não queriam fazer, que exigiam muito esforço físico (ok, força física somos biologicamente inferiores, isso é fato! Mas força cerebral não pode ser justificada por isso) ou eram perigosos. Existia uma divisão natural de trabalhos por sexo, ainda que os kibutzim tivessem sido planejados para que isso não existisse.

Folha - Quando Summers perdeu o cargo em Harvard após dizer que a falta de mulheres em ciência é questão de aptidão, o que a sra. pensou?

Pinker - Foi assustador, porque eu tinha acabado de decidir escrever o meu livro quando vi o que aconteceu a esse pobre homem. Ele foi atacado simplesmente por comentar as evidências que a maioria das pessoas que trabalham com biologia e antropologia evolutiva vêm dizendo há anos. (gente, tá na cara que isso deveria ser crime! Imagina a autoestima das cientistas lendo isso agora? Tantas mulheres fizeram grandes descobertas e pesquisas importantíssimas no campo científico, como alguém pode chegar e simplesmente ser a favor do preconceito? Meus hormônios não me fizeram me anular como pessoa depois que fui mãe, meus hormônios não me fizeram desistir de gostar de sexo mesmo sem amor quando não amava um homem, meus hormônios não me impediram de querer minha independência financeira, meus hormônios não acham justo meu namorado pagar a conta do restaurante sozinho quando nós dois ralamos para conseguir as coisas.... eu falaria mais mil coisas, mas enfim, acho que já consegui me expressar... a sociedade molda muito mais o nosso cérebro do que nossos ancestrais... se a ciência afirma que não, como explicar que as pessoas são únicas como você falou outrora? Um teste de paternidade sempre será exato, já um cérebro humano nunca será... indepemdente de seus ancestrais! Na atualidade, um cérebro humano depende muito mais do meio que vive... isso é pensar de acordo com a lógica! A marginalidade é um grande exemplo... se a criança é pobre, foi estuprada a mãe espancou, ela tem muito mais facilidade de virar marginal. Não sou cientista, mas sou uma grande estudiosa do movimento feminista. Por isso acredito que assim acontece com as mulheres. Se a sociedade induz e instiga ao sentimento de culpa em uma mulher que é mãe mas quer sair para trabalhar deixando um filho no berçário com apenas 6 meses, e dando a desculpa de que estamos contrariando nossa 'biologia" e nossos ancestrais, ela terá muito mais chances de se sentir pressionada e sentir essa culpa. Muitas mulheres não pensam sozinhas, pensam com a cabeça do mundo. É muito mais difícil ser diferente, ter o poder de questionamento, do que simplesmente ser um ser que se sociabiliza e aceita tudo.  

Continuemos nossa luta, queridas leitoras feministas! Mesmo sabendo que o machismo é um preconceito socialmente aceito... um moderador da comunidade feminista disse o seguinte: "homofobia e a mulher como submissa e dona de casa tem uma base bíblica, então vai dar bem mais trabalho mudar". É verdade... mas vamos começar os trabalhos! Desistir jamais!

Bjoss e voltem sempre!
Liah

1 de abr. de 2010

Pulseirinhas do sexo

"Garota de 13 anos foi estuprada por usar pulseirinhas da moda entre adolescentes. Cada cor significa uma coisa."

Os adolescentes só reproduzem o que aprendem... o adolescente que estuprou é nada mais nada menos que um "machão" da nossa sociedade. Provavelmente na cabeça dele, havia o pensamento: "pediu, agora leva".

Sou a favor da proibição do uso das pulseiras porquê a sociedade não está preparada para brincadeiras desse tipo. Ao meu ver, são uma nova versão mais picante para a antiga brincadeira "salada de fruta". Não adianta a gente dizer que brincar disso é "feio" porquê na minha época a garotada adorava. Não posso proibir meu filho(a) agora e dizer que tais coisas não são legais, quando são! Em plena efervescência do descobrimento do desejo, como não ser? Mas infelizmente, as coisas evoluíram mas o comportamento feminino não mudou muito. O machismo ainda reina tal qual décadas atrás. Não mudou nada! A menina usa, pensa que tá numa brincadeira "mó legal",  mas esquece que vive em um ambiente ainda machista, onde o que era pra ser uma brincadeira, vira um crime. E o pior: a sociedade vira a "culpa" de volta para ela.

Em um país onde a maioria acredita que ser mulher decente é ser dona de casa e mãe (além disso ainda trabalhar fora, melhor ainda, super guerreira, nãoo?óhhh essa é pra casar, não machões?) e ser "direita" é não poder ter os mesmos direitos que os homens no que se refere à sexo, como permitir o uso de brincar de pulseirinhas com "significadinhos" ?

vou enfatizar aqui: OS MENINOS tb usam as pulseiras, elas nao sao acessorios como mini saias, ou decotes, elas sao um JOGUINHO, uma evolução da brincadeira slada mista. Nao é um acessório feminino... elas que usem outros tipos de pulseiras, mas usar especificamente ESSE TIPO, continuo achando que não é legal em uma sociedade predominantemente machista onde os pais criam meninos e estimulam os para tirar a virgindade e meninas para preservar. A garotada ainda tem muito esse tipo de pensamento, nada mudou... tem que proibir mesmo.. esse tipo de brincadeira só sera saudável qdo os meninos nao acreditarem que sao feitos para serem maquinas de sexo e meninas para serem objetos...


Na comunidade feminista, tem gente que radicaliza q diz que se proibirem daqui a pouco as meninas estarão usando burcas. Minha opinião NAO tem como acreditar nisso, pois a proibição tiraria de circulação dos recreios brinquedinhos eroticos usados por meninas e meninos, e nao pulseiras. Se os adolescentes inventarem outras coisas que nao sejam de uso aberto assim, que brinquem nas casas um dos outros, mas sei la, me coloco no lugar da dona de uma escola onde uma menina foi molestada por um amiguinho machistinha, por isso, sou a favor da proibição,  nas escolas eu acho que deveria proibir mesmo!!!