31 de jul. de 2010

Lei que proíbe a palmada


Eu sou contra a palmada. Mas não sou radicalmente contra e não costumo julgar as pessoas que ja bateram e nem olhar para elas com cara de desprezo. Bater no filho, pelo menos para as pessoas normais ( não estou falando de espancamento), é uma coisa muito dolorosa. As poucas vezes que fiz isso sofri muito. Não sei se posso dizer que foi necessário e por isso o fiz. Mas posso dizer que não existe ser humano perfeito que mantem o controle 100% como prega o manual.

Por isso, acho que só tem o direito de dizer que nunca fez e que é uma pessoa super controlada, quem tem filhos com mais de 10 anos. Infelizmente não faço parte desse grupo. Confesso que ficou díficil pra mim não bater quando meu filho de 5 anos jogou um prato de comida no chão.

O correto é olhar fixo nos olhos dele e falar com firmeza, eu sei, eu sei. Super Nanny sempre deu boas dicas. Mas não consegui, não fui a mãe que deveria ser. E agora? A lei vai me punir?

Eu. uma mãe que sou pai e mãe porquê o pai foi morar no exterior e eu criei sozinha meus filhos devo ser punida... será que não seria melhor o governo distribuir manuais de como agir e inserir nas escolas obrigatoriamente a disciplina de educação doméstica? Eu tenho essa ideia porquê os filhos nem sempre dão valor ao que os pais falam. Eles já estão acostumados com aquelas reclamações e os pais perdem a moral.

Na minha infância apanhei muito, mas coitada da minha mãe, achava que o correto era largar a palmada por qualquer motivo fútil. Hoje eu tenho esse discernimento, não defendo que devemos dar palmadas, mas não apedrejo quem porventura e com coração muito dolorido utiliza esse artifício.

Por favor, não leia esse texo e acredite que eu sou a favor da palmada como método corretivo na educação. Jamais defenderia pais que utilizam covardia. Apenas acredito que mais importante que educar os nossos filhos da maneira correta, é educar primeiro os pais. Para isso, precisamos de uma nova cultura: menos preconceito, menos corrupção, menos trabalho infantil, menos crianças nas ruas, e, claro, menos machismo.

Antes da lei que proíbe a palmada, na minha humilde opinião, precisaríamos priorizar a cura (ou pelo menos uma amenização) das mazelas da sociedade. Não se deve pular etapas. Depois de formar novas cabeças, novos modelos de famílias e pessoas verdadeiramente civilizadas, quem sabe um dia a lei da palmada funcione?