31 de mai. de 2010

Obaa, a mídia ta abrindo espaço para a reflexão do sexismo!!!!

Meninos de rosa e meninas de azul... algum problema?


Trouxe um link aqui, que vale a pena ler, fico muito feliz em ver que tem editora interessada em quebrar preconceitos!


http://diario.iol.pt/internacional/livros-infantis-suecia-vilda--olika/985157-4073.html


Em princípio, para as pessoas conservadoras, assusta essa ideia, mas acho que as pessoas ainda não entendem bem a complexidade do assunto e os prejuízos psicológicos que o machismo traz às mulheres. Eu sou uma feminista que nao sou contra o uso de maquiagem nem de rosa em meninas. Creio que toda feminista seja assim também.


Nao vejo problemas na cultura de mulher se vestir de mulher e homem de homem. (Opa, mas nem sempre, por isso, não sou contra o contrario também hehe). Devemos nos vestir como nos faz feliz. Eu sou jornalista de moda, Amo. Minha luta é contra o machismo, acho que roupa é outro assunto bem independente da ideologia feminista.

Porém, particularmente, nao gosto da regra: rosa pra MENINA e azul pra MENINO, isso acho tolice pra ser sincera... como gosto de coisas diferentes, vivo dizendo q se um dia eu engravidar de uma menina nao vou comprar nada rosa pra ela. Ate uso, caso ela ganhe. Seria grosseiro e radical de minha parte nao usar, nao vou fazer disso um stress. Imagina agora eu lá na maternidade com meu pequeno ou minha pequena, discutindo sexismo, feminismo, antropologia, sociologia, genes ancestrais e se alguém questiona as convenções impostas pelas regras sociais? kkkk Nao dá, né?  Ja sou mal vista por ser feminista (sim, as mulheres nao entendem que é uma ideologia para o bem delas e se revoltam com minhas ideias "loucas" muitas vezes). Mas caso ela queira usar rosa, eu também deixo, porém vou falar pra ela (em uma linguagem que ela entenda) sobre convenções e padrões e estimular nela sua propria opinião

A luta contra o sexismo é apenas uma luta contra preconceitos, nao há problemas em comprar vestidinhos e lacinhos pra sua filha, pra mim o problema está em estimulá-la a so brincar de coisas de menina e já pre estabelecer o que é o dever de cada um na sociedade. O mesmo digo pros os meninos, pra mim nao há problemas em meninos usarem bonezinhos e cabelos curtos, há problema no preconceito dele brincar de casinha. Ela pode ser mãe um dia e ele pai um dia, entao porquê os dois não podem compartilhar as mesmas brincadeiras? Óbvio q um pai vai ser sempre pai, e uma mãe sempre mãe. Mas porquê os dois nao podem partilhar as mesmas funções nos papeis sociais?

Nao acredito mesmo que um menino vire gay por brincar de "brincadeiras de menina" e vice verso. Caso na adolescência meu filho ou filha queira ser gay, terei certeza que não foi a diversidade de brinquedos e a criação sem preconceitos que dei que mudou isso nele, mas uma visão particular sobre o mundo que ele construiu. Como se explica dois irmãos serem criados em uma mesma casa, pelo mesmo pai e mãe e um ser gay e outro hetero? Cada pessoa escolhe ser como quiser!!! Eu particularmente estou preparada pra ver meu filho ser gay, hetero o que for... eu amo todos, ate os que ainda terei. kkk

Sabe, já vi muita gente dizer que um menino ja mostra que vai ser gay quando criança porquê ja gosta de brincadeira de menina. Será que esse menino gosta dessas brincadeiras porque esse universo apetece mais ou será que ele gosta porquê é gay e gays gostam de "coisas tipicamente de meninas"?


Na minha opinião, nao existe universo feminino no mundo gay e sim universo gay no mundo gay.( uii confuso, não?? kk trocando em miúdos, acho que ele gostar de outro homem não é ele querer ser mulher, mas sim gostar de outro homem! Os transsexuais querem ser mulher, e pra isso já existe cirurgia de troca de sexo.)

Sabe, eu costumo ser realista e ouço muito "ahhh as coisas não são simples assim!" Mas pra mim seria simples assim se o mundo fosse menos preconceituoso. Por exemplo: se uma mãe ou pai tem um filho (a) gay, eles têm dois caminhos:

1- Sofrer, chorar, nao aceitar, brigar com o mundo, acender velas todos os dias pra pedir a Deus pra ele (a) ser "normal", esconder de todo mundo e deixar sua vida virar um problema por causa do tipo de gênero que seu filho leva pra cama.

2- Aceitar, ser feliz com o filho que tem, amá-lo independente de saber que gênero vai ou não pra cama com ele (a) e entender que é menos comum mas pode acontecer, que isso é ser normal e falar com naturalidade pra todo mundo.

Que opção você ficaria? Queridos, pais, escolher a opção 1 ou 2, se seu filho é gay, nada mudará esse fato! Então faça uma escolha mais assertiva para a felicidade de vocês... pois é, simples assim!!!

Quanto ao sexismo, o problema pra mim está bem longe de ser nas roupas que as crianças vestem. O problema está na criação delas, na distinção injusta na hora de criar dando mais poder ao que usa boné e menos a que usa vestido.

Os problemas estão, como sempre, nos preconceitos!!!