12 de mai. de 2013

Pastores x empreendedorismo



Acabei de assistir" O infiltrado na igreja evangélica" no History. Estou muito impressionada, realmente os pastores que adquiriram sucesso tratam seus negócios com um empreendedorismo que deixa até Eike Batista de queixo caído. 

O infiltrado é na vida real, um ateu, mas quer muito ser convertido para pregar a palavra de Deus tb e abrir sua própria igreja. Contratou um personal teólogo que lhe deu algumas dicas de como se vestir, como falar com autoridade. Ele perguntou ao pastor se algum cliente, ops, fiel, questionava o dízimo e a resposta foi rápida: "Não! Pq na bíblia está escrito que dependendo de sua fé, vc pode receber de volta até cem vezes mais do que doou".

O infiltrado acha que o custo benefício pode ser positivo, para quem frequenta, eu tb acho. Se a pessoa sai de lá se sentindo bem e mais leve, em nome de Jesus Cristo, quem mais pode ser contra??? Crianças já estão no caminho, como a famosa pastora Adrianinha. Uma espécie de talento raro, praticamente uma Neymar da igreja evangélica. Seu futuro está garantido. Bem como o do pastor que inventou a igreja da lipoaspiração e já tem 1500 filiais ( a pessoa sai mais magra do culto, diz os pregadores). Para ter uma franquia, basta pagar 10% do faturamento para o fundador.

Depois de ver tudo isso, eu penso que o melhor caminho para o brasileiro que quer vencer na vida, realmente é Deus. Eu estava enganada esse tempo todo. Ele é a salvação na medida que nosso espírito e nosso bolso se conforta. Não importa se nosso cérebro produz essa verdade ou se Deus existe. Isso é o de menos. Talvez eu tb contrate um personal teólogo e desenvolva meu potencial autoritário para pregar e ficar rica as custas de quem tem fé e acredita que sua vida pode mudar. O que há de ilegal em fazer pessoas felizes??? Deus é dinheiro, aceitação, sociabilização, língua da maioria, crença inabalável ( há sempre uma justificativa, seja para um acontecimento do bem ou do mal, a vontade dele é uma ordem). Quem sabe disso, é quem mais se dá bem. A indústria cristã, com seus pastores milionários, deveria gerar uma capa da PEGN. Não tenho dúvida que é o setor que mais cresce no Brasil