28 de abr. de 2013

Carolina Dieckmann x corrupção, o que tem a ver o cu com as calças???


- - - - > WTF????


 Um crime não invalida o outro! Sem falar que prender todas as pessoas corruptas do Brasil é bem mais complicado do que achar 2 bandidos que invadiram a privacidade da moça, né? A corrupção no Brasil não está só na política, não está em meia dúzia de pessoas, é cultural, faz parte de muitos brasileiros. Engraçado que deve ter gente que compartilha isso, mas rouba sinal de TV a cabo, faz gato Umna luz elétrica, se vende por voto, entre outras coisas, achando tudo normal.

Invadir a vida e a privacidade dos outros É um CRIME horrível SIM e não tem nada a ver uma coisa com a outra!!! O fato de sermos contra a corrupção, de acharmos um absurdo os mensaleiros soltos, não anula o MEU e o SEU direito de não ter nossa vida íntima exposta na internet ou invadida. 
Ficar comparando como se um crime fosse menos pior do que o outro, não adianta nada, não resolve a corrupção!

Fica aqui meu agradecimento a Carolina Diekcmann por ter exposto o assunto em rede nacional e ter contribuído com uma nova lei, para nos proteger desse tipo de bandidagem.



23 de abr. de 2013

Mau tempo




"Depois de uma tempestade de lágrimas, trovoadas abafadas na garganta, raios de lembranças súbitas, culpa, terror, pânico, escuridão, vou me recompondo, limpando a terra áspera, abrasiva, que veio do furacão a sair dos olhos, para que enfim, eu possa ver a luz e depois o chão."

Li

21 de abr. de 2013

A "culpa" de trabalhar fora e deixar nossos filhos



"Toda mãe quando passa por isso, sente culpa". Grazi Massafera no programa de Fátima Bernardes dizendo sobre a volta ao trabalho, depois de ter sua filha. O discurso de Grazi é só o externo do discurso do senso comum, quando o assunto é:" Mães e conciliação de suas vidas profissionais".


Quando digo que temos direitos por lei, mas culturalmente estamos nos tempos de nossa vó, é por isso. Ainda somos pressionadas a sentir tal culpa. Na verdade, duvido que quem sinta culpa de verdade, consiga trabalhar. Quem sente culpa, não trabalha fora ( como muitas mães que optam por ficar em tempo integral com seus filhos).


Vamos a reflexão do post:


1- Será mesmo que essa culpa existe ou existe a "ditadura da culpa"? Traduzindo: aprendemos que Para ser uma boa mãe, decente, é necessário sentir culpa, mesmo que vc ache correto trabalhar, mesmo que vc tenha tido uma mãe que trabalhou fora a vida toda. Quem sente culpa de verdade, para de trabalhar, essa é a cruel realidade. Isso tudo, parece ser uma doença social, a FAMNEPS " Frescurite Aguda de Mães que Necessitam Entrar em um Padrão social."


2- As que realmente deixam de trabalhar por culpa, é uma "culpa verdadeira", ou estão satisfazendo anseios e cobranças sociais? Essa culpa é consciente até que ponto, dentro de uma sociedade patriarcal e predominantemente machista?


Acho que muitas de nós feministas, gostaríamos de entender por que essas mulheres falam tanto sobre culpa ao sair pra trabalhar e deixar o filho até com o próprio pai do bebê ( como no caso de Grazi, vide vídeo).


Será que existe pai que sente culpa por deixar o filho com a mãe? Por que associal essa função ao papel feminino? Por que amamentam, pariram? O fato é que existe outras coisas que os pais podem fazer que não seja parir e amamentar. 


Essa tal da " culpa" é ainda mais estranha quando uma mulher tão bem resolvida, que teve uma mãe que sempre trabalhou fora, como ela mesma diz. 

A naturalização dessa "culpa" que a mulher sente, tem origem no MACHISMO. E agora, sair brigando para que parem de falar esses clichês? Não é a solução. O inconsciente coletivo, leva as mulheres a dizerem isso, sem maiores questionamentos.

É moda dizer que sente culpa. Parece que faz a mulher se sentir mais valorizada. Estava observando no Facebook, a quantidade de mães que dizem sofrer 
 no primeiro dia de aula. É um comportamento meio padronizado socialmente. Hoje em dia existe até período de adaptação. Nunca vi um pai participar desse tal período. Seria mesmo necessário? Será que não estamos retrocedendo a cada cobrança materna que fazemos??





Capa super recente, de uma revista brasileira, que comprova a teoria feminista da naturalização do machismo: Por que as mulheres sempre são alvo quando o assunto é conciliar carreira e filhos e os pais não? 

Vamos imaginar o contrário:


 "CAUÃ CONTA COMO CONCILIA TRABALHO E PATERNIDADE"

"Cauã Reymond: Nova rotina de pai de Sofia. De volta à TV, ator conta como concilia trabalho e paternidade. "

E aí, conseguem imaginar???

Que fique claro: nada contra Grazi,pelo contrário, ela é super fofa! ( O BBB dela foi o melhor de todos os tempos, sorte nossa, foi uma produção que apresentou ao Brasil gente muito humana, como ela e Jean) A questão é que muitas mulheres dizem a mesma coisa, sem perceber. O casal é muito simpático. A proposta aqui não é desmerecer uma mulher, mas analisar tudo que está por trás dessa famosa culpa.

Só assim, quem sabe no futuro, veremos uma mãe famosa ir à TV dizer que não sente culpa e se sente muito bem indo trabalhar, sem conflitos internos por isso, angústia e com a liberdade de realmente poder se sentir no mesmo patamar já conquistado pelo homem há séculos.


Lindo e paizão. Quem aqui não admira um pai que fica com os filhos pra mãe trabalhar ou coisa parecida? Super admiro, confesso. 

5 de abr. de 2013

Personal stylitst




Nada contra personal stylist, mas acabei de ver uma personal divulgando seu blog batendo na tecla o tempo todo ( pelo menos nos dois únicos textos que li) com o seguinte alerta: "quem quiser comprar em loja barata, saia fora o mais rápido possível, não presto esse tipo de serviço". ( Não com essas palavras, mas deixando bem claro que não trabalha com quem quer comprar em lojas de departamentos ou economizar).

Sou formada em comunicação, fiz pós em marketing e trabalho com moda atualmente. Hoje sei distinguir vários tipos de tecidos, malhas e me sinto no paraíso quando estou numa loja dessas ou de aviamentos. Minha cabeça logo começa a criar e viajar nas texturas e cores. De uns 3 anos para cá, ganhei muita experiência no ramo, por isso, me sinto à vontade para falar sobre esse assunto.

Associar "marcas baratas" a deselegância, falta de qualidade e mau gosto é um preconceito. Existe uma coisa chamada marketing, e as marcas caras nem sempre te beneficiam com exclusividade, e alta costura, por vc pagar um preço mais alto.

Muitas vezes o que ocorre com as grifes, é  que vc paga uma bela fatia do orçamento de marketing da empresa, embutido no produto. O valor agregado, não significa qualidade necessariamente.

As lojas de departamento, possuem critérios para não espalhar zihões de peças iguais. As peças que saem bem, não voltam para as araras. Os profissionais envolvidos na produção de moda e criação, dessas lojas, são competentes e entendem que as lojas precisam ter novidades toda semana, de acordo com as tendências, mas nunca reproduzindo uma quantidade absurda de um modelo só.

Por outro lado, existem marcas caras que têm projetos sociais muito dignos e que vale a pena comprar, como por ex., a Louis Vuitton, e outras. Se o intuito não é pagar apenas caro, mas ser beneficiada ou beneficiar alguém, vale se informar sobre essas.

Acho que personal stylist que quer o bem do cliente, de verdade, deveria ensiná-lo a compor os looks que mais caem bem em seu tipo físico, seu estilo de vida pessoal e profissional, ajudá-la a ter um olhar mais crítico na hora de comprar e até mesmo economizar com isso, em vez de  estereotipar ainda mais o que é bonito e o que não é.

4 de abr. de 2013

A cura através da consciência






Quando é que o povo vai entender que o mundo está mudando e que o padrão de família: mamãe, papai, filhinho (s) não é mais o único?

Tenho uma tese que diz que muita gente não sabe o que é machismo, homofobia e racismo.

Homofobia não é só odiar gays, é por ex., não querer que eles tenham direitos. Inclusive homofobia se apresenta em várias formas, até gays podem ser homofóbicos quando assumem sua homossexualidade, mas dizem que odeiam " bichinhas" e "travestis". É homofobia não aceitar que famílias diferentes das tradicionais se formem. É homofobia afirmar que toda criança precisa de pai e de mãe. Quando se diz isso, não se respeita as crianças criadas por 2 mães, 2 pais ou até mesmo um (a) avó/avô/tia/tio. Condena-se essa criança a infelicidade, como se o motivo principal de amparo psicológico sadio, se baseasse em crianças frutos de relações heteronormativas. É afirmar que todo filho de casais gays serão problemáticos, não pq vc é homofóbico, claro, mas pq a sociedade é. ( esse é o famoso tirar o corpo fora e jogar a culpa nos outros).

Machismo não é somente querer mandar em mulher, machismo está enraizado, é a forma diferenciada de criar meninos e meninas, é afirmar que o gênero feminino tem características "biológicas natas". É achar que toda mulher gostosa é menos inteligente, toda mulher tem parte da culpa em um crime de estupro, é julgar uma mulher pela quantidade de parceiros e o comprimento de sua roupa. É chamar uma mulher de interesseira, mas não ver que a mesma está inserida em um ambiente onde não há estímulos para que ela cresça sozinha. É achar que já chegamos a igualdade e não analisar as estatísticas: mulheres mortas por parceiros possessivos, misoginia não criminalizada ( aliás, pouca gente sabe o que é misoginia), mulheres com salários inferiores, mulheres que ocupam espaço quase insignificante nas grandes empresas e na política. Inclusive, muitas mulheres são machistas, não é exclusividade masculina.

E quem nunca ouviu: " Tenho muitos amigos negros, não sou racista?". Isso não significa que a pessoa não seja racista. Racismo também está enraizado e está nas mensagens subliminares. É promover um evento de moda, e inserir modelos negros só pq existe cota pra isso. É afirmar que gente de descendência europeia é mais bonita ( Já ouvi diversas vezes isso!) . É julgar o sistema de cotas, sem antes estudá-lo profundamente, entender os motivos e por que podem ser medidas emergenciais para equiparar pessoas em um mesmo nível. Há também a famosa desculpa que negros é que são racistas. Pera lá, negro, branco, pardo, gente de cabelo roxo, amarelo, é tudo gente, certo? Todos estão sujeitos a reproduzir preconceitos. ( Basta lembrar de um vídeo muito triste onde perguntam a um grupo de crianças negras e brancas qual a boneca mais bonita e todos apontam para a branca... alguém acredita que isso é biológico? Por favor, se sim, me exclua já!)

Falaria aqui milhões de coisas, mas não sei se funcionaria... São muitos elementos naturalizados em nossa cultura e muita gente ainda não parou pra pensar. Não sou melhor do que ninguém, mas a partir do momento que estou disposta a analisar os aspectos sócio-econômicos-culturais, já me torno uma pessoa mais sensibilizada com a causa dos outros, mais humana. Conviver em sociedade é respeitar as diferenças.

Muita gente tem medo que as coisas mudem, resistem as mudanças e não querem perder seus parâmetros de felicidade. Mas é bom a gente se lembrar que quando outros grupos que foram oprimidos socialmente por longas décadas, ganham direitos, os outros que já usufruem desses direitos, não os perdem.

Os preconceitos não combinam com o novo século, são sequelas culturais que ainda pairam no ar e contaminam gente limitada como Felicianos e afins. São pessoas que acreditam ser de bem, pois querem perpetuar o modelo de família aprendido com seus bisavôs e bisavós, ótimas pessoas, mas que reproduziam com veemência todos os conceitos que hoje estão totalmente defasados.

As raízes de tudo isso é muito forte, mas é claro que é possível arrancar, (que o diga as feministas que conquistaram nossos direitos no passado, ou os negros libertos).

Antes de dizer que tem muitos amigos gays, negros e que acha que mulher já tem igualdade, pense bem!

Mas se você sofre desse mal, tome um remédio chamado CONSCIÊNCIA, pelo menos 3 x por dia.



3 de abr. de 2013

Carta para meus filhos




Até que ponto podemos culpar os pais pela agressividade ou comportamento dos nossos filhos? Será que podemos mesmo atribuir a  falta de um pai ou de uma mãe? Se eles são agressivos mesmo tendo amor, carinho, compreensão, educação, comida na mesa e muita dedicação de quem os cria ( não importa se é criado por uma mãe, uma vó, um avô, um pai, dois pais, duas mães e sei lá mais quantos tipos diversos de famílias existem hoje) é pq algo está errado. Ou não.

Pode ser que seja apenas uma fase difícil, simplesmente. Viver é bom, mas nem sempre é fácil entender a vida; as pessoas e o turbilhão de sentimentos que se passa em todas as fases de nossas vidas. Na adolescência (dependendo, as vezes até na "adultescência" também) todos os sentimentos são mais difíceis. E nessas fases que estamos mais suscetíveis à fragilidade, são tantos convites... Convite à frustração, à decepção, à ilusão, amores não correspondidos, fantasias, drogas...

Convite a nos acharmos ridículos, a não conseguirmos entrar em um padrão imposto culturalmente e sofrer amargamente por isso. Ou convite a ser diferente, querer gritar pro mundo nossa revolta por não sermos iguais.

Nós responsáveis, não devemos menosprezar achando que é apenas uma fase, devemos estar sempre atentos, mas não podemos esquecer que já fomos adolescentes um dia. Também não devemos nos desesperar agir por impulso como se fossemos tão infantis quanto nossos filhos. Achar o equilíbrio é um exercício de paciência. Eu sei que não é fácil. Mas devemos tentar.

Diálogo, muito diálogo... Filho: quem te ama, ama você com todos os seus defeitos. Pode contar com quem te cria, mesmo que você não ache necessário contar todos os seus segredos. Não sei se somos os melhores amigos que você pode ter, mas somos os mais confiáveis, apesar de você só descobrir isso um pouco mais tarde.

De nossa parte, o principal que não podemos esquecer de dizer a vocês, filhos, é: Não somos perfeitos. Não nos idealize. Não nos culpe. Não nos responsabilize pelos seus " fracassos". Na verdade, sua vida ainda está começando e isso ainda nem é fracasso, perto do que está por vir. Muitas coisas não darão certo em sua vida, outras darão. Mesmo assim, acredite: dá pra ser feliz e fazer a vida valer a pena.

Não crie um modelo perfeito de maternidade ou paternidade. Você não é perfeito. Aliás, ninguém é perfeito e as vezes, são essas imperfeições que faz a gente conhecer melhor a personalidade e o limite de cada um. Que possamos transformar estas limitações em algo positivo: ninguém te conhece melhor que eu, meu filho.

Se gritar te alivia, grite. Deixe que um momento de raiva tome conta de você, mas não deixe que ele domine sua vida, pois todo esse mal, só afeta a você mesmo.

Sei que o texto foi comprido e que tudo que eu disser, não vai se encaixar no que vocês sentem. "Ela/ele não sabe de nada!" Não é assim que vocês pensam? Pois bem, podemos não entender nada mesmo. Mas entendemos de amor. E só com amor, o mundo interior e exterior se transforma. Acredita?

Você é livre para acreditar no que quiser.


Ass: uma mãe que erra, mas que ama. 

1 de abr. de 2013

Dia de comemorar...



Escrevi há exato um ano, mas vale a pena publicar de novo:

Chegamos a igualdade de direitos!!! 49% dos pilotos de avião são mulheres, 51% das empresas têm mulheres no comando, 55% das mulheres são cientistas e 54% ganham o mesmo salário que os homens no mundo todo. 

A violência contra a mulher, oriunda do machismo, caiu 90% na última década. A maioria dos brasileiros acha que Eliza Samúdio foi vítima do goleiro Bruno e de uma sociedade patriarcal. Não há mais notícias de mulheres assassinadas nos últimos tempos. As mulheres não são mais estereotipadas em comerciais de produtos de limpeza. As pesquisas dizem que 90% das pessoas não acham mais que homens e mulheres têm habilidades diferentes, mas que isso varia de pessoa para pessoa.

80% das pessoas acham que o desejo sexual pode ser o mesmo para ambos os gêneros e que é ultrapassado atribuir o valor de uma mulher a quantidade de parceiros que ela teve ou ao comprimento de sua roupa.

Agora elas não são mais as rainhas do lar, dividem tarefas domésticas com os maridos, dividem a responsabilidade da criação dos filhos, e a noite não estão mais cansadas, estão dispostas para noites ardentes com seus parceiros!

100% das mulheres sentem orgasmos com a mesma frequência deles, sem se preocupar com mais nada, pois acabou a era da repressão e da opressão. Enfim, elas sentem-se livres para relaxar e gozar a vida!

A manchete de jornal hoje é: famílias criam seus filhos de maneira igualitária, meninos e meninas têm os mesmos brinquedos na infância e os mesmos estímulos. Meninos brincam de bonecas, meninas de carrinho, e, vice versa, e todos acham natural! Meninos e meninas recebem a mesma educação sexual.

O machismo foi criminalizado, as piadas machistas são consideradas de mau gosto por todos. As mulheres são respeitadas em todo mundo! A religião aceita a diversidade sexual e a mulher do novo século. Papa diz que as mudanças e adaptações são necessárias para que prevaleçam os direitos humanos.

Homens fazem tarefas domésticas tanto quando elas, 99% dizem que não acreditam que a mulher deve ter mais zelo pela casa.

Transfobia, homofobia, racismo e misoginia fazem parte apenas da história e todos repudiam qualquer forma de desigualdade e violência.

Pessoas casam-se com quem querem e todo mundo acha justo! Religiões não são mais ditaduras, cristianismo não é mais visto como o único caminho, mas um dos caminhos para quem quer ter uma crença. Ateus são respeitados e convivem com religiosos em paz.

Felicianices não existem mais!!! Vamos comemorar um novo tempo!
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Não pera... Seria lindo se não fosse PRIMEIRO DE ABRIL! (Tudo mentira, voltemos a nossa realidade para tentar mudá-la!)