10 de fev. de 2010

"sou machista com orgulho" disse o projeto de mulher.

Senti vergonha de trazer aqui essa coluna, mas o jeito foi trazer! Não vou copiar e colar o que li dessa vez porquê as palavras dessa jornalista não são dignas de entrar no meu blog. Então vou trazer só o link para discutirmos. Leiam e em seguida voltem ao meu texto.

http://www.clicrbs.com.br/blog/jsp/default.jsp?source=DYNAMIC,blog.BlogDataServer,getBlog&pg=1&template=3948.dwt§ion=Blogs&tipo=1&coldir=1&uf=2&local=18&blog=475&post=256288&siteId=1561

Gente, fico tão desapontada em ver a qualidade dos nossos jornalistas... é uma pena ver textos como esses. Vejo tanto colunista competente. Não dá para listar todos, mas vou citar uns bem massa: a Carla Brum e o zIvan Martins da revista Época, a Leila Ferreira da Marie Claire, a Patrycia Travassos que escreve crônicas sobre mulheres divertídissimas e moderninhas... e aquele texto de pedro Bial sobre o novo pai? Perfeito! Bom, são tantas emoções que me delicio quando me deparo com textos como os deles.

Tem tanta gente fera que traz textos reflexivos e que só nos acrescentam, né verdade?Mas o fato é que alguns textos me fazem vomitar... pior que isso, não deu para digerir a ideia.


Não entendo como uma mulher dessa tem uma coluna. Quando é  sobrinha, esposa, amante, ou sei la o que do dono do jornal, até da para entender porquê a gente sabe que tem muito profissional ruim por aí por conta das "peixadas". Ela escreveu um texto egoísta. Sim, pois o parâmetro dela para afirmar "eu sou machista", foi baseado na vida dela.  Um marido provedor de seus devaneios consumistas, empregada... desse jeito é muito cômodo ser machista e não querer importunar o marido pedindo ajuda para brincar com o filhou ou criá-lo.

Sabe, mesmo assim, fico indignada com a opção e afirmação "sou machista". Porque demonstra a total ignorância em relação ao termo. Será que ela sabe o que é machismo? Uma mulher ser machista é acreditar que a mulher é ser inferior, é ser submissa, é se expor à posse do marido, é ser conivente com a discriminação nas empresas, é achar que mulher merece apanhar, é achar natural a traição masculina por o homem ser um ser desprovido de racionalidade.

Esse negócio de abrir a porta do carro, não tem nada a ver, tem homem que gosta e mulher que se sente bem com  isso... eu sinceramente ( e particularmente) não curto essas frescuras. kkkk Gosto de gentilezas, mas frescura não é comigo. Sobre pagar a  conta, eu racharia na boa no primeiro encontro também, mas nao insistiria caso ele fizesse questão pq sei como é complicado para o macho acostumado com a sociedade machista. Nem me importo com essas bobagenzinhas, nem vem ao caso pra mim quem abre a porta ou deixa de abrir, quem liga primeiro ou segundo. Cada caso é um caso, né? Sou super na minha, nao gosto de homem atirado e acho que não sou atirada também. No meu caso eu já liguei primeiro, mas nem por isso me considero "atirada". Digamos que sou mais falante e se percebesse que ele era mais tímido,  tomaria uma atitude. Não existem regras, pode dar certo ligar antes ou esperar, tanto para o homem quanto para mulher.

Meu povo, fico muito admirada com mulheres que dão força ao movimento machista. Porque optar por ficar em casa e não trabalhar eu acho normal. O que não acho normal é estimular e ficar levantando abandeira de que toda mulher deveria ser assim. Isso desfaz toda uma luta para a gente ter o direito de votar de dirigir empresas e etc. Acho um desrespeito e total falta de informação em relação ao movimento feminista que não prega nada além da justiça e igualdade. É questão de direitos humanos e não de querer ser superior. As feministas não metem o pau nas mulheres que ficam em casa... a gente so incentiva as que querem seguir carreira profissional! Sabe, acho fogo ver que ninguém tá nem aí. Minhas amigas já fizeram até cara de reprovação em relação ao meu blog. Sei que não são elas que mudarão o machismo, mas acredito que com as filhas ou netas delas pode ser diferente. Para isso, é preciso menos jornalistas como essazinha escrevendo um texto bizarro desse em pleno século XXI e deixando as cabecinhas alienadas mais alienadas ainda.

Para a jornalista, que só senta a bunda na cadeira e escreve baboseira, é facil dizer que o marido tem direito de ficar pouco com o filho. Mas e para aquelas que não tem empregada, não tem babá, passam o dia suando no fogão, lavando fralda, passando pano, lavando banheiro... ufa, nao da pra dizer tudo, né? é coisa pra caçamba! Os afazeres domésticos tomam muito tempo de uma mulher. Não é moleza! Acho que tem muito marido que deve sofrer menos no escritorio com o ar condicionado ligado. Stress, óbvio que tem. Mas quer stress maior do que deixar queimar as mamadeiras que você foi esterilizar, esqueceu na panela e queimou? Putz, tem tanto detalhezinho quando voce tem um bebê, principalmente novinho em casa.... é maravilhoso, mas é tão trabalhoso! Vida de dona de casa não é fácil! Aí chega uma idiota dessa e diz "eu sou machista e meu marido deve compartilhar menos da educação do meu filho porque ele tem direito de se cansar, eu não... pior é aquela velha frasesinha: "mãe é mãe e pai é pai, né?" Podreee isso, como diria a menina la da novela: Jesus me abana!

Ser machista é ser de acordo com a ideologia machista, mulheres submissas usando burca no Afeganistão, mutilação do clitoris das meninas para elas não sentirem mais prazer... será que essa mulher sabe a complexidade do termo machista para afirmar "sou machista"?

Vamos parar com esse sexismo descabido e preconceituoso. Filho é responsabilidade do casal. A tal jornalistazinha de quinta categoria continuou com seu egoísmo quando além de não pensar nessa mães e domésticas do lar, não citou as mães que trabalham fora. Ela escreveu o texto baseado no seu próprio umbigo, como se desse conselho para todas as mães agirem assim.

Sabe, se eu pudesse dar conselho, mas sem arrogância e sem afirmar que isso é o certo, eu diria para as mulheres trabalharem fora. Sei que muitas não gostam e preferem ficar em casa. Mas acho saudável para o casamento e para o relacionamento com o filho. A criança nessas escolas que têm berçários se socializa mais, tem um acompanhamento profissional, tem tudo que teria em casa com a diferença que ele desde cedo já começa a ver o mundo. Também acredito que a saudadezinha que a gente sente o dia todo quando ta longe é melhor do que escutar o choro cem % do dia até chegar à exaustão e descontar tudo no pai da criança que nao passou o dia escutando. Eu não me imagino só cuidando de criança. Acho que eu ia pirar! Acredito piamente que mulher tem que ter vida própria pós parto. Amo meu filho e pegar ele na escola pra voltarmos a ficar juntos não tem preço. Porém ficar o dia inteiro enfurnada dentro de casa e fazendo só isso da vida,  traria prejuízos à minha saúde. Sou mãe, mas quero malhar, trabalhar, dar um pulo na hora do almoço para comprar aquela lingerie nova pra noite estar sensual pro maridão. Mas gente, essa opinião não é uma imposição, é só meu modo de ver a vida.

 Conheço um casal que são super conscientes que papel de pais faz diferença e nao so de mãe. Hoje eles moram na China, mas quando moravam aqui, os dois trabalhavam em escritórios, e a mãe já deixava seu filho com menos de 6 meses na escolinha. O menino hoje tem 2 anos, é uma criança super feliz. As mulheres as vezes carregam um medo de ser apontada como má ou insensível... tudo bobagem inventada pela sociedade machista. Os dois saiam do trabalho no mesmo horario, pegavam a criança e iam para casa. Nao, querida jornalista medíocre,  o marido nao estava cansado e a tarefa de dar banho, janta e etc também não era so dela. Os papeis eram divididos. O bebê criou vínculos tanto com a mãe quanto com o pai. Hoje eles tem dois filhos, a mãe esta sem trabalhar enquanto o marido se adapta já que eles foram por uma proposta de trabalho para ele.

É óbvio que eu não sou radical de dizer, ahhh ela ja tem q trabalhar ja! Não é assim... podia ser ao contrario, ela podia ir com uma proposta pronta e ele poderia ficar com as crianças enquanto se adaptava e aguardava o momento para começar a trabalhar.  O plano deles é que ela volte a trabalhar. Cada casal pensa de um jeito e eu não jogo pedras nos casais que um dos dois optam por ficar em casa cuidando dos filhos (90%  dos casos ela, né? kkk ah, essa sociedade patriarcal...só longos anos mudarão esse patamar!)

 Não jogo pedra mas não faço apologia ao machismo. Acredito que dá para ser feminista mesmo optando por ficar em casa. Agora se vc tem baba , empregada e o marido rala a bunda p colocar dinheiro em casa, aí realmente ta na hora de rever seus conceitos... porque quem ta sendo egoísta é vc mamãe que quer que seu filho crie vínculos só com você. Sim, é um direito do pai passar direto pro quarto depois de só dar uma acariciada na cabecinha do bebê. É isso que você quer para sua vida e para seu filho? reflita! Ser mãe não é uma profissão, genteeemmm! O ministério da saúde deveria adverter: ser somente mãe e esquecer de ser um ser humano pode ser prejudicial à sua saúde.

Acho que me transformei feminista por não esquecer da minha infância quando minha mãe (ótima pessoa, mas machista na época) convocava as mulheres para lavar pratos e os filhos homens não. Fui uma criança tímida, falava pouco e sempre fui feminista. Houve um tempo que minha mãe achava que eu tinha problemas. Eu estava sempre falando dessa injustiça sobre os sexos. E ela, coitada, mais um produto inpensante da sociedade, chegou a desconfiar até que eu era lésbica por causa do meu comportamento feminista. Os estereotipos naquela época eram ainda mais fortes. Hoje as pessoas inteligentes sabem que é importante desfazer essa ideia de rótulos e generalizações. Agora, aos 35 anos de idade, meu relacionamento com minha mãe melhorou 100%  por eu conversar bastante com ela. Ela mudou muito. Se sou mulher macho, espero ser um macho de caráter, íntegro e  que participa efetivamente em casa e com os filhos. kkkk Independente da minha opção sexual que é gostar de homem, porquê se sou macho, sou gay, espero poder trazer sempre novas formas de reflexão para as pessoas e instigar o questionamento nelas quando se depararem com textos baseados no senso comum como o da jornalistazinha de araque. Como é mesmo o nome da mulherzinha que escrevu na coluna la? ixe, nem vale a pena lembrar.

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