25 de nov. de 2009

ser dondoca ou não ser?

           (Abaixo foto meramente ilustrativa, amiga. Não sou contra você repaginar seu layout.)

Faz tempo que tô com a ideia de escrever um texto com esse título. Mas eu andei sem tempo. Trabalhando muito como sempre. Adoro! Bom, sei que não tenho muitos seguidores, mas escrevo porquê adoro minhas convicções. Convencida? Não, eu apenas me valorizo e tenho certeza que meu senso de justiça é especial. Ainda bem que a internet existe. Assim posso ter meu diário aberto à todos e quem sabe, um dia, mais gente refletindo sobre a importância do feminismo na sociedade. Sou muito feliz por ser eu. E por tentar de alguma forma estimular o pensamento fora do quadrado nas pessoas.

Hoje a causa desse post é que andei fazendo enquete com algumas conhecidas e amigas. Assim: impercptivelmente, sutilmente, delicadamente. Não era um enquete propriamente dita, mas conversei com algumas mulheres e incitei o tema: "dondoca". Mas claro, sem dar minha opinião. O resultado da minha pesquisa foi surpreendente. A maioria das mulheres, pelo menos 95% das 15 que conversei, sonham em ser dondocas. Dessas que não fazem nada da vida, sabe? Dessas que adorariam ter um marido provedor dos seus devaneios consumistas e não fazer mais nada além de gastar, fazer plásticas e ir ao salão.
Fiquei bege! Gente, enquanto isso o mundo gira e as pessoas morrem de fome. Enquanto uma menina passeia no shopping diariamente e toma café com as amigas em confeitarias chiques, as coisas estão acontecendo!

Eu, neurótica? nãoo! Um amigo meu disse que sou! Só porque nao aguentei um e-mail que recebi e uma amiga que dizia tinha uma poesia com teor machista e mostrando a mulher como objeto. Não lembro bem mas era algo como um cara fazendo uma poesia para a mulher meio que estimulando ela a ser dona de casa e a mulher respondia dizendo que queria mesmo era ser dondoca e gastar o cartao de credito dele. Respondi o e-mail em tom de brincadeira e tal pois eu sou feimnista, mas estava do lado do marido, porque se é ele quem rala e põe o dinheiro em casa ela teria mais era que fazer os serviços de casa no capricho. Se não quer essa vida, va à luta querida! Ah tem cuidar das crianças? o pai nãooo? ahh, me poupe! Pense que esse meu amigo respondeu com grosseria e ainda me disse que toda mulher deveria querer isso mesmo! Nossa, fiquei chocada! São os velhos conceitos e essas piadinhas que não extinguem o machismo.

Sou feliz, faço compras no shopping, vou ao salão, mas não faço da minha existência o meu próprio umbigo. Só isso!  Sou feliz sendo uma mulher que não norteia seus valores só nisso. Sou muitíssimo feliz em lutar contra o machismo, em fazer trabalhos voluntários quando dá e em colaborar todo mês com a Pastoral da criança em um débito automático na minha conta todo mês há mais de 3 anos. Sou mais feliz ainda em não ficar em casa só coçando, em ter objetivos e saber que no dia que eu me realizar profissionalmente vou me dedicar ao mundo. (Ta demorando, sofri algumas desilusões profissionais, mas sei que todo sucesso passa por fracassos). Como assim, me dedicar ao mundo? ah, mulheres me desculpem as que escolhem ser dondocas, mas acho isso um atraso de vida. Quando eu parar de trabalhar, vou fundar uma ONG, promover chás beneficentes, fazer campanhas de preservação do mundo e coisas do gênero. Já faço tudo isso hoje, mas em pequenas porções. Digo: vou intensificar e me dedicar mais.

É claro que eu não tenho culpa dos miseráveis em Angola e Moçambique. Mas dormir cheia de rugas com botox e jóias não e meu objetivo mesmo! Quero dormir mesmo é com a consciência tranquila, mesmo que tenha um botoxizinho ali e outro aqui. (coisa pouca, pq exagerado é uó.. conheço uma mulher da minha idade que meteu botox p ficar com labios mais grossos, e coitada nao sabe como ficou horrorosa. Conheço outra que era linda! meu Deus, duas bruxas!)

Mulheres dondocas, queridas... me desculpem se as magoei. Mas é que minha missão no mundo é tentar alertá-las de que da para ser feliz não olhando apenas para si. Quero ter dinheiro para viajar, comprar roupas e etc... mas não quero nunca que o dinheiro compre meu cérebro.

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