16 de nov. de 2017

Radical, eu?

Me chamam de radical, mas olho no dicionário e não me identifico com a denominação.
Radicalismo é não ver as coisas por vários ângulos, com imparcialidade, acreditando só naquilo que se quer. Abrir a mente é um exercício. Não somos detentores da verdade. Precisamos nos conscientizar que é completamente possível uma pessoa ter uma crença totalmente diferente da nossa. Um ateu não é um ingrato com Deus. Pare com isso. É uma pessoa que não tem a mesma relação que você com seu Deus. Se religião é muito polêmica, vamos falar sobre ciência?
São vários estudos, várias pesquisas sobre tudo. Cada um crê naquilo que mais acha lógico. Não vejo lógica na ideia de mulheres serem biologicamente mais sensíveis (e todo aquele bla bla bla sobre a questão dos gêneros) e busco estudos científicos que comprovam o que penso. Só que não quero enfiar goela abaixo, dos outros, como o "certo". Já quem crê piamente em todos os ensinamentos culturais, sem sair da bolha, jamais vai aceitar que pode existir outros estudos científicos, que não os propagados pela sociedade conservadora há milanos.
Sou defensora da legalização da maconha. Mas penso que um usuário de maconha deve entender que, do mesmo jeito que o evangélico convence que só os dogmas de sua religião salvam, existe a tribo que convence que maconha é massa ( não falo no sentido literal Rsrs) e resolve todos os problemas. Usemos o que quisermos, sejamos o que quisermos, mas tenhamos discernimento, por favor. Defensores radicais (seja do que for) são engraçados. Sejamos mais conscientes. O extremismo é tão nocivo quanto a alienação e a bitolação.
Quer ter suas crenças? Ok, mas sinta menos ódio daqueles que pensam diferente de você. Tenhamos o hábito saudável de mudar o prisma e pesquisar muitas fontes, não só aquela que, tendenciosamente, a gente quer.
Falta imparcialidade na hora de interpretar a ciência, a filosofia e a vida. Falta muito pra gente evoluir.

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