20 de mai. de 2013

Será mesmo que sua tristeza é doença?



Estava lendo o texto de Eliane Brum, " Acordei doente mental hoje" e parei pra escrever um pouco sobre isso aqui.

Acho o trabalho da psicologia e psiquiatria muito importante dentro da medicina. Está provada a relação do cérebro com o bem estar, bem como da fé com a melhora de doenças. ( sou ateia, minha fé é diferente, baseia-se na filosofia budista, mas enfim, acredito no poder da mente). Todavia, pra mim, é último caso, depois de tentar auto-terapia ( ser mais auto-crítica), me policiar mais; fazer mais coisas que gosto, meditar, mudar meus hábitos negativos e coisas assim, que exigem uma força muito grande de pessoas que estão em momentos de profundo desânimo e tristeza. Como nada funcionava, as vezes, busquei ajuda e foram experiências positivas. Porém, a última vez saí do consultório de psiquiatria, saí com vários diagnósticos ( TAG, bipolaridade) gastei horrores em remédios e comecei a tomar e me sentir muito pior. Alguns remédios me davam enjoo e diarreia  era terrível. Parei tudo. 

Depois descobri que tenho hipertireodismo, então a relação do nervosismo, stress e desânimo que oscilava com euforia, com a doença, era muito forte, segundo artigos que li. Acho que os psiquiatras as vezes esquecem de passar um hemograma ou check up e ver se não há doenças que já existem nas pessoas que alterem seu humor/comportamento. No meu caso, apenas psicoterapia e uma receita médica com os remédios do endocrinologista, já era um tratamento. A psicoterapia, eu gosto, mas não faria mais do que uma vez por mês. É meu estilo. Acho que cada um tem que desenvolver suas necessidades de acordo com o que sente, mas todo vício é perigoso, inclusive esse de psicólogo. Tem gente que além das seções, liga com frequência pro piscólogo e pauta sua vida nisso. Já conheci gente viciada demais que tomava remédio demais e acaba vivendo de menos.

Hoje, como Eliane Brum, procuro não ver minha alteração frequente e humor, como uma patologia que precisa ser curada, mas como uma característica de minha personalidade. Meu pai também é assim. Não sei se é herança genética ou se há uma relação na educação que enquanto criança, absorvi e levei para vida adulta. 

Sempre digo que o planeta tudo azul da rede social, não costuma nos mostrar o lado triste das pessoas. Isso ajuda muita gente pensar que vive muito mal, pois todos os outros estão sempre felizes.

A felicidade é uma conquista e não é uma constante. 


Abraços e uma ótima semana!


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