31 de out. de 2010

Poesia feminista II

Hoje vou trazer uma poesia que eu adoro!  É de uma colega feminista. Espero que vocês também gostem.

"Essa sua mania de dizer que sou forte
É no mínimo suspeita
Diz que sou o consolo do fraco
A mão que conduz e ampara
O amor que tudo abraça
O seio que nutre o faminto
A luz que brilha no escuro
Que sou responsável pelo mundo
Ser do jeito que é
Que faço os homens serem maus
Só falta dizer que eu mando nos meios de comunicação
Que os tornam tão bitolados e endiabrados
Pare de me comparar com seres da natureza
Com forças sobrenaturais
Cansei da sua falsidade
Da sua mania de mentir sobre mim
Querendo fazer minha cabeça
E manipular minhas atitudes
Vá para o diabo do pai que te criou
Ou gire para outro lado
E olhe sem tanta hipocrisia para mim
Agora sou seu pescoço
Minha cabeça se recusa a levar água para você beber
Minhas costas não vão mais levar as cargas que você precisa
Não vou mais fazer a sua comida
Nem lavar a sua roupa
Nem me embelezar para você
Nem cuidar dos seus filhos
Não sou a complacente que tudo entende
Agora vou ser artista ou cientista
Ou então, simplesmente, uma anarquista"


Carmem Helena

Nenhum comentário: