12 de out. de 2010

Legalizar o aborto não é permitir assassinato de criancinhas!

O tema "aborto" sempre foi polêmico. Vira e mexe ele vem à tona. Agora, em época de eleição, voltamos às discussões. Eu nunca fui religiosa, mas devo confessar que já fui ignorante em relação ao que é exatamente um aborto. Há pouco tempo me dei conta que ser contra não vai fazer as mulheres desistirem de fazê-lo.

Em primeiro lugar, seria interessante se informar sobre uma gestação de menos de 10 semanas. Se informar também o porquê da legalização em alguns países. Aqui no Brasil, abortos malfeitos geram prejuízo aos cofres públicos. Diariamente mulheres são atendidas com hemorragia ou complicações devido aos riscos que o procedimento feito em clínicas clandestinas trazem.

Mas é mais fácil julgarmos do que pensar sobre o assunto dentro de um contexto mais profundo.

As mulheres não deixam de fazer por não ser uma prática legalizada. As que deixam de fazer vão parir, quase sempre, futuros problemáticos, mal amados ou criminosos.

Ser a favor do aborto não é querer sair matando criancinhas, mas interromper que um embrião se desenvolva e se forme um feto. Podemos chamar um aglomerado de células de criancinha inocente?

Eu nunca abortei, mas me imagino no lugar de quem precisa abortar. O desespero, o martírio e o problema psicológico que pode causar. Na novela Viver a vida, Helena foi humilhada por Luciana por já ter feito um aborto. Achei interessante o tema ter sido abordado dessa forma. Certa ela, que não deveria mesmo deixar carreira e um futuro promissor por um descuido lamentável.

Claro que devemos usar os métodos contraceptivos e evitar ao máximo que isso tenha que acontecer. E claro, que acho que já é burrice e abuso a pessoa fazer mais de um aborto. Acho que ter que fazer uma vez já deve ser doloroso e muito triste a ponto da mulher aprender. Mas se anular e muitas vezes ter um bebê indesejado, pode ser o pior caminho.

Os orfanatos e abrigos com crianças maltratadas que o digam.

Bom, eu trouxe aqui um link pra explicar sobre essa questão do prejuízo público:

Aborto supera câncer de mama em internações pelo SUS

Leiam com atenção e depois me contem. Esse Deus que muitos pregam, quer ver crianças indesejadas nascendo, ou mulheres com várias sequelas psicológicas e físicas? Ou ele  prega o amor, o perdão e a paz?

Aborto é uma questão independentde de religião. É um problema de saúde pública!

Políticos inteligentes pensam como Jessica Nucci:

 http://jessicapstu.blogspot.com/2010/09/aborto-mulher-decide-sociedade-respeita.html

Add em seus favoritos e leia com atenção, essa menina é arretada!

4 comentários:

Yago de Sampaio Carvalho Arouca disse...

Pois eh, eu sempre raciocinei assim: se a mulherada nao deixa de fazer mesmo, nao eh melhor discriminalizar e a coisa ser, ao menos, feita de uma forma "saudavel" (ou seja, neste aspecto, significando justamente a execucao de um ato que nao traga mais doencas ou mortes). Concordo em tudo, Li. Mas tb acho que se devia massificar mais as campanhas de informacao e distribuicao gratuita de metodos contraceptivos, porque, se as pessoas sabem mais e tem acesso a estes metodos, abortariam menos. Na teoria. Mas isto eh papo para ooooutro(s) topico(s), porque tem a ver com vontade politica e diminuicao da lavagem cerebral religiosa contra os metodos anticoncepcionais (absurdo!!!).
Beijos!
Paty Arouca

Cris Faria disse...

Concordo com a questão citada acima sobre maiores informações sobre evitar gravidez. Eu tenho 25 anos e mal tive essas informações na escola,já está na hora, ou já passou...

Outro dia vi uma entrevista pequena com a Dilma (não tô fazendo boca de urna.. rs) em que ela disse ser particularmente contra, mas acredita ser uma questão de saúde pública. É como vc diz no texto, ser contra ou proibido não faz com que as mulheres deixem de fazer, que então além de terem o direito sobre si mesmas e seus corpos, que tenham o mesmo direito de o fazerem com segurança e ainda também mais o direito a educação e informação.

Li disse...

Concordo com vocês duas!

Paty, tb acho que devria existir mais campanhas conscientizando.

Eu sempre faço uma analogia de como a publicidade tem poder: vcs lembram que no Brasil ngm tinha hábito de usar cinto de segurança?
O governo qdo quer mudar algo investe em campanhas bem feitas...poderia usar o exemplo!


Cris,
eu vi o vídeo quando Dilma falou que era particularmente contra, mas acredita ser uma questão de saúde pública.E o que as pessoas fizeram? distorceram e colocaram Deus no meio... chamaram ela de assassina de criancinhas... e isso não foi gente semi analfabeta, nãooo! Vi gente formada, pós graduada disseminando essa ideia no Facebook e redes sociais...

É fogoo!

Mas enfim, obrigada pela visita, meninas!

Bjoss

Li disse...
Este comentário foi removido pelo autor.