16 de fev. de 2014

O que mais sinto falta, da minha juventude, não é da minha aparência. É da cumplicidade das amizades da adolescência. A gente cresce e não pode mais contar nossos problemas, nossas angústias, infelicidades, incertezas. Também, não pode contar pra outro amigo (a) como fulano (a) foi injusto. Não podemos mais nos meter em confusão. Não temos mais idade. Temos que engolir todos e tudo. Temos quee fingir. Praticar a hipocrisia.

A gente tem que aparentar felicidade e sorrisos sempre, principalmente nas redes. Se conter, é a palavra da vez. Não pode reclamar, não pode lutar, não pode nada, afinal, tudo que foge dos moldes, que questiona, é exagero, loucura. 

O correto é "manter o equilíbrio". A adultescência é isso e muito mais: É também, competição. O melhor companheiro, os melhores filhos, os melhores restaurantes, o gosto mais requintado. O cabelo mais legal, o corpo mais em forma depois dos 30, 40. A família mais rica, a mais perfeita. Tudo ficção. A realidade é que felicidade não é somente dizer e demonstrar que se está feliz. Não passamos de robôs programados pra viver de acordo com o que nos exigem e não o que realmente queremos ser. Principalmente depois que crescemos e nos convencem que toda e qualquer rebeldia, é imaturidade.

Aceito minha idade física, mas minha cabeça quer estar eternamente com o frescor, a intensidade, insegurança, a verdade, os desafios, a sinceridade e os sorrisos da adolescência. E para vocês, seus adultos chatos, eu dou língua!



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