9 de dez. de 2012

Basta ser mulher...




Basta ser mulher ( de qualquer cor, classe social e nível intelectual) para ser xingada do nada, no meio da rua, em plena luz do sol ou a noite. No trânsito, na balada, na rua, de roupa curta ou comprida. Mas atenção: basta ser mulher para mudar isso!

10 dicas (e subdicas) ( que vc não vê nas revistas femininas) para mudar essa situação:

11-      Não crie seus filhos de maneira diferente, dê todos os tipos de brinquedos para as crianças brincarem, quando estiverem adolescentes deem as mesmas orientações sobre amor e sexo.

22-       Acredite em amizade feminina, xingar outras meninas por seu comportamento liberal só reforça o machismo.

33-      Não aceite “ ajuda” de seu companheiro nas tarefas domésticas e criação dos filhos, mas divisão de trabalho em casa. ( De uma vez por todas, ele precisa entender que esses deveres não são “ biologicamente femininos”).

44-      Ame-se, priorize-se sempre.

55-      Não escute os conselhos da vovó conservadora, (que é uma querida, mas não deu F5 no pensamento. Não discuta, finja que ouviu e seja simpática. O foco da mudança está nas próximas gerações e não nas que estão pra trás).

66-      Seja o mais independente possível emocionalmente e financeiramente ( claro sem abrir mão de seus direitos: pensão para mulheres que criam filhos e etc.)

77-      Dirija mesmo quando os dois saem juntos. (Por que quase sempre o cara que dirige quando os dois estão juntos no carro?)

78-      Tudo que você fizer pense que ele também é capaz e vice versa.

89-      Pare de ler revistas femininas que ensinam submissão ( Nova, Marie Claire, Claudia e afins)

110 -   Leia sobre feminismo, ignore textos que não acrescentam nada ( por exemplo pesquisas fajutas que afirmam que mulheres são assim e homens são assado) participe de grupos feministas e discuta soluções para um mundo mais justo entre os gêneros.

Gostou? Compartilhe. Pela popularização do feminismo e pelo fim do machismo


15 de nov. de 2012

Piada machista, até quando vai ter graça?




Oi, olha a minha cara de mamão!!!! Estou na sua telinha para te deixar ainda mais babaca!

Ontem no programa Encontro de Fátima Bernardes, mais uma pérola pra coleção: 

" Duas paixões masculinas: Carro e mulher. Hj em dia não dá pra ter as duas coisas, o cara tem que escolher, entre carro e mulher ( risos da platéia, inclusive de Fátima Bernardes). "Mas é claro que a mulher é muito melhor do que o carro". Humorista ( que não sei o nome fazendo piada machista.

Eu já tinha prometido pra mim mesma que jamais veria esse programa, só por causa desse humorista que ama piada sexista. Hj liguei a TV por acaso, pq queria ver as notícias do jornal do almoço. Pena que liguei cedo demais a TV e tive que me deparar com pessoas rindo de machismo, logo depois do repórter Haroldo ter sido convidado para falar sobre racismo.

Deprimente demais. Infelizmente tive o desprazer de ligar a TV e ver que a naturalização do sexismo é cada vez mais constante nos programas. Mas claro que se a gente diz que isso é reforço de esteriótipo, o que é péssimo para nossa cultura e nosso crescimento, somos as loucas, mal amadas, amarguradas, chatas, sem senso de humor.

Quer saber? Acho de um mau gosto incrível e me sinto realmente ofendida mesmo. Dou muito duro para me sustentar pra um babaca chegar na TV de dizer que sou cara. Não sou objeto, não tenho preço, não estou disposta a rir disso. 





Me chamar de mal-humorada, mal-comida, mal sei lá mais o quê, é fácil. Quero ver criar piadas novas e engraçadas! 

Não dá, Encontro com babacas, logo de manhã, não é bem vindo no meu café da manhã. 

Licença maternidade. Tão útil quanto licença paternidade.



Independente de quem é o peito que a criança mama ( e independente se existe peito que amamenta essa criança) , licença maternidade não deveria ser associada à amamentação. Há mães e pessoas que não podem amamentar. ( as pessoas que adotam, sejam homens ou mulheres, é um exemplo).

A licença de cuidar de uma criança, deveria ser um direito por lei. Um pai teve que brigar na justiça uma vez, para conseguir o direito, pois era professor e ficou com a guarda da criança. Justo. Justíssimo. Infelizmente a função de cuidar de um bebê é tão associada à função feminina, que as pessoas acham natural que a licença seja só para elas.

 Alguém concorda?




6 de out. de 2012

A virgindade de Catarina..



"Lembram-se da Catarina, a menina que irá ter sua virgindade leiloada? Pois bem, o maior lance atingiu 300 mil reais (mais ou menos 150 mil dólares), e foi feito por um homem com o apelido de 'Benga JP'. A primeira experiência sexual da catarinense está sendo leiloada no site de um documentário, como já havia postado aqui no #PodeIsso.
O vencedor do leilão receberá um atestado médico confirmando a virgindade da menina, que ainda vai se submeter a exames de saúde. O comprador também terá que apresentar exames médicos, já que a relação deve acontecer sem o uso de preservativo. "No meu conceito, ser virgem significa nunca ter tido nenhum tipo de relação sexual com nenhuma pessoa, seja vaginal, anal, oral ou até mesmo as chamadas 'mãos-bobas'. Se eu estou expondo a minha imagem para o mundo é porque ninguém pode provar o contrário", contou a estudante.
Catarina sempre dedicou seu tempo livre para a literatura e filosofia, já que nunca teve um namorado. Seus autores preferidos são: Dostoievski, Bukowski, Baudelaire e Machado de Assis. Já Sócrates, Thoreau e Hume fazem parte dos seus filósofos prediletos. "É muito interessante ler sobre filosofia, e eu acato para minha vida os pensamentos e ideias com os quais mais me identifico. Porém, também possuo minha própria filosofia", disse a garota. A jovem também gosta de cinema, música e do Palmeiras.
A catarinense ainda está morando em Bali (Indonésia) para as gravações do documentário, enquanto a produtora do filme tenta solucionar os problemas de imigração da brasileira para a Austrália. "A natureza é outra grande paixão da minha vida. Não tenho palavras para explicar o quanto eu amo o mar, o verde, o sol, o reflexo da lua-cheia no mar, as estrelas e os animais. Enfim, tudo é tão divino", afirma."

Opinião da blogueira aqui: 
Ela diz que é um negócio com contrato. Então ela tem que cumprir o que está no contrato. Agora que esse tipo de notícia é ridícula, é. Mais ridículo do que a mídia fazer esse bafafá todo, é o cara que inventou tal documentário. É leitores, a supervalorização da virgindade ainda existe...  Tudo bem que ainda vivemos em um mundo machista. Mas esta notícia foi demais. ( não acho a moça machista, acho o inventor do documentário e a mídia muito mais. Ela é só uma oportunista afim de ganhar uma grana com o machismo).

Gente, vamos esclarecer o seguinte: Uma mulher virgem e uma não virgem só tem de diferente o desconhecimento sobre o ato físico. Anatomicamente, uma mulher virgem é igual a uma não virgem. 

Ela pode sentir dor ou não na primeira vez, mas o psicológico e falta de lubrificação contam muito mais do que qualquer outra ideia. 


Resumindo: Uma vagina virgem, não é mais apertada. O músculo é elástico e volta para o lugar mesmo depois que passa um bebê por ali. 


Uma vagina não " gasta" com o uso, que fique claro. É como o pênis, não gasta a pele com masturbação e nem com penetrações. A vagina também, tá? Não afoloza, não desgasta. 


 E o hímem, gente, é só uma película, por fora, na entrada da vagina. Não dentro! 


Que pode ou não ser rompido na primeira vez ou pode até ter sido rompido com uma masturbação. Ou pode ter sido rompido no dia que a menina nasceu ( não é tão incomum o médico dar um cortezinho na entrada da vagina quando a entradinha nasce colada). 


Ou seja, virgindade é algo que está mais na cabeça. O cidadão que comprou esta moça, está comprando uma ilusão. O " produto" adquirido é igual o de qualquer prostituta que faria por R$ 100. 


A vaidade, o stratus que envolve a compra, é que me intriga. O que este homem quer comprou? O que ele pensa sobre uma vagina virgem, biologiamente falando?


Sinto pena de estarmos neste século e ver que a mídia ainda "sensacionaliza" este tipo de assunto.

Machismo é "fofo"?




Fabíula Nascimento ( atriz que faz a personagem Olenka da novela Global das nove), está no Altas Horas e eu lembrei de um episódio. Ela estava no Programa " Encontro" de Fátimas Bernardes e o assunto era futebol. Ela saiu com uma mega pérola:

"Ah, eu sou menina, né gente, não gosto de futebol!"

Então Fátima disse:

" Mas eu tb sou menina e gosto!"

Então ela retrucou: Ah, então eu sou diferente! ( Super, nem sabe o quanto... ZzZZzzZZZ)

Minha conclusão: O machismo não é só naturalizado, em determinadas situações podemos dizer que é visto como algo " fofo" e "cool".

O termo " Mulherzinha" está solto por aí... Em todo canto...Nos blogs de moda, nas apresentadoras mocinhas, com fachadas de descoladas, da MTV.

O que fazer para combater essa ideia???

2 de out. de 2012

Guerra dos Sexos ou guerra contra as mulheres?




"A protagonista de Guerra dos Sexos é uma empresária feminista, exigente e muito moderninha. Charlô não suporta o machismo do primo, Otávio, e vive às turras com ele"  ( frase que encontrei por aí, Google afora sobre a novela...)


Tive coragem de assistir a novela Guerra dos Sexos ainda não... Festival de senso comum sobre os gêneros me irrita profundamente. O motivo? Reforça nossa cultura de desigualdade.

Bem que poderiam usar a novela pra propagar ideias bem humoradas e saudáveis acerca deste universo, né? bem que poderiam usar pra divulgar o verdadeiro feminismo, que não é superioridade, como insinua a frase ali em cima.

Mas o que as novelas fazem com os gêneros e afins?

Em Fina Estampa, uma personagem " do bem"  xingou outra mulher, " do mal", de "travesti". Como se ser travesti fosse feio, desumano ou ridículo demais. Um desrespeito. Um grande preconceito.

Agora, Jorge Fernando, autor de Macho Man ( morri de tentar achar graça, mas só achei babaquices e machismos naquele seriado) diz que o remake da novela vem com um diferencial: Diz ele que hoje em dia já temos igualdade. Por lei temos sim. Mas e culturalmente? A cada 40 minutos uma mulher é agredida. São 10 mortes por dia e a maioria dos assassinatos, são cometidos pelos parceiros. Vão abordar isso na novela, ou dizer que mulher mata tanto quanto homens? Nem todo machista é agressor, é verdade. Mas todo agressor é machista.

Não existe gene de violência nos homens. (é provado cientificamente que não) Existe uma cultura desigual. Mulheres ainda são objetificadas ( onde os homens são, Jorge Fernando, nos comerciais de cervejas para elas? Nossa, ainda não vi isso!) , machismo é naturalizado e até visto, por algumas mulheres machistas, como proteção. Machismo não é sinônimo do homem provedor e protetor. (Está fora de moda este tipo de marido, mas ainda existe e não necessariamente ele é machista).

Chamar um cara de machista é engraçado? Nas nova novela das sete sim. Mas machismo não é engraçado. Não é atributo dos homens charmosos, teimosos, super- protetores como as novelas insistem em dizer, mas sim dos conservadores perigosos que acham que não há nada pra mudar.

Da novela, só posso extrair de bom o que Irene Ravache( a protagonista Charlô disse):

Acho que ainda estamos mais para Gabriela (passada nos anos 20) do que para Guerra dos Sexos!", diz a atriz. 

Verdade, Irene. Não existe guerra dos sexos. Existe guerra contra as mulheres sexualmente livres. Contra a ideia feminista que propaga direitos iguais. Existe guerra contra o progresso e os novos tempos. Resistência que atravessa décadas.

Ignorância, a gente vê por aqui!




6 de jul. de 2012

Afinal o que os homens querem?



Muitos homens partem de um princípio do senso comum que atrapalha muito as expectativas nos relacionamentos: Que Homens e mulheres são diferentes.

Homens e mulheres são pessoas diferentes umas das outras, não pelo gênero, mas pq são. Generalizar sempre é ignorância e imaturidade.

Na minha opinião, o que os homens querem é continuar a desigualdade entre os gêneros, querem pagar contas do restaurante pq acham isso romântico, educado e fofo, mas em troca querem a mulher do passado de volta.

Reclamam o tempo todo do " maldito" progresso que não as deixam mais submissas, mesmo sem perceber que estão fazendo isso.

Até aceitam uma companheira que trabalhe fora, numa boa e contribua com as despesas de casa, mas querem que ela continue exercendo seu papel " feminino": mãe, dona de casa, amante sensual de lingeries incríveis e uma excelente empregada que, claro, sabe fazer o serviço doméstico maravilhoso, como afinal toda mulher deve ser.

Ele quer dar um risinho de canto e dizer que até tenta cozinhar, limpar e cuidar das crianças igual a elas, mas não consegue, pois ela é que nasceu com hormônios ideais para tais funções.

Eles querem continuar descansando no sofá, enquanto elas acabam com as unhas no Bombril, pois elas é que são guerreiras. Depois de elogiá-las, eles querem colocar medalhas nelas e sair dizendo pra todo mundo o quanto a esposa/namorada é uma guerreira, diferente das vagabundas que ele andou vendo por aí, que só queriam se divertir nos finais de semana.

Eles querem continuar na zona de conforto, sem sequer enxergar que nossa cultura muitas vezes é injusta pra alguns deles também. O homem moderno quer separar as mulheres em vadias e " pra casar". Tudo como nos velhos tempos.

Abra seu olho, cara leitora. A maioria ainda é dos tempos das cavernas. Saiba identificar os tipos e saia fora quando for um homem assim. Antes só do que mal acompanhada é um clichê, mas é real!

28 de jun. de 2012

Violência contra mulher: Um problema social mundial



"Segundo Rashida Manjoo, cada vez mais mulheres e meninas são assassinadas por parceiros ou familiares; ela apresentou relatório no Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Rashida Manjoo
Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.
A relatora especial da ONU sobre violência contra a mulher afirmou nesta segunda-feira que mais mulheres e meninas estão sendo assassinadas por seus parceiros ou familiares. Segundo Rashida Manjoo, a violência de gênero atingiu proporções "alarmantes".
Manjoo apresentou seu relatório ao Conselho de Direitos Humanos da ONU, em Genebra. De acordo com ela, enquanto a maioria dos homens é assassinada nas ruas, no caso das mulheres, na maior parte das vezes esse crime ocorre em casa.
Impunidade
A relatora destacou que mortes de mulheres e garotas em "nome da honra da família" estão sendo cometidas com altos níveis de impunidade em várias partes do mundo. Rashida Manjoo afirmou que muitos Estados falham em garantir o direito às mulheres a uma vida sem violência.
A especialista indicou medidas que devem ser tomadas, como investigações, acusações e sanções; tratamento das vítimas com respeito e dignidade; identificação de grupos de mulheres que tem risco particular de sofrer violência por conta das múltiplas formas de discriminação, entre outros.
Rashida Manjoo destacou que a impunidade leva à crença de que a violência cometida por homens contra as mulheres seria aceitável e inevitável.
A relatora especial da ONU também apresentou um balanço das suas recentes visitas à Itália, Jordânia e Somália, onde analisou as diferentes formas de violência de gênero."


Se vc for uma pessoa alienada ao extremo, que olha somente pro próprio umbigo, não se sensibiliza com este grande problema social que está na nossa cara,  que muitos preferem dizer que não existe. 

Tem gente que só lembra que existe, quando outras mulheres são violentadas, agredidas e mortas, isso quando acontece com alguém muito de perto. E olhe lá, pois quando acontece com alguém de perto, há quem diga: " Ela provocou!". ou " Ela sabia que ele era violento!"

E assim caminha a humanidade que justifica o injustificável, e não sabe sequer analisar a raíz dos principais problemas sociais contra as mulheres... Pra nós que abraçamos a causa, é óbvio, pra muita gente é paranóia... Anham, sou totalmente paranóica. E não esqueçam do mal-amada! ;)

27 de jun. de 2012




Momento professoral que brota do fundo do meu âmago: 

O que é sexismo? E misoginia, professora?


O que é sexismo? E misoginia, professora?

Google: " Sexismo - Acreditar que mulheres e homens são completamente diferentes e estas diferenças devem ser refletidas em aspectos sociais, direitos, linguagem, etc."

Opinião: Mulheres e homens são diferentes sob a ótica cultural. Ok, o que seria da diversidade se não pudéssemos nos distinguir por cortes de cabelos, maquiagens e roupas diferentes. Meninas e meninos usam cores diferentes. Ok, tem gente que não gosta que confundam seu bebê ( "Ah que menina linda!" E é um menino...). Diferenças biológicas, tais como possuir órgãos reprodutivos diferentes, bem como voz e estatura e predominância hormonal de estrógeno ou testosterona, não faz uma pessoa ter pensamentos ou ideias masculinas ou femininas.

Fato: Características de pessoas não são intrínsecas ao seu gênero. Delicadeza não está na biologia humana feminina, mas em um misto de personalidade com aprendizado cultural de cada indivíduo. É só observar os bebês que ainda não têm consciência de seu sexo, eles têm comportamentos muito parecidos, o que muda são suas personalidades.

Não existe generalização " Mulher é assim ou assado" quando há exceções.

Google: Misoginia - "Embora mais comum em homens, a misoginia também existe e é praticada por mulheres contra outras mulheres ou mesmo elas próprias. A misoginia funciona como uma ideologia ou sistema de crença que tem acompanhado o patriarcado ou sociedades dominadas pelo homem por milhares de anos e continua colocando mulheres em posições subordinadas com acesso limitado ao poder e tomada de decisões. A misoginia é um aspecto central do preconceito sexista e ideológico, e, como tal, é uma base importante para a opressão de mulheres em sociedades dominadas pelo homem. A misoginia é manifesta em várias formas diferentes, de piadas, pornografia e violência ao auto-desprezo que as mulheres são ensinadas a sentir pelos seus corpos".

Opinião - Misoginia é quando você (homens ou mulheres) chama uma mulher de " vagabunda" por ela ter a liberdade que é mais comum nos homens, ou pela roupa ( curta ou bastante decotada) que ela está usando.O ódio nos é ensinado e naturalizado.

Fato: Mulheres ainda são vítimas de uma sociedade desigual, perpetuada pela ignorância e generalizações culturais.

29 de mai. de 2012

Reflexão nossa de cada dia...




Segundo as pessoas "de bem ( = senso comum)", as crianças já nascem com hormônios que definem as diferenças comportamentais entre os gêneros. Dizem que meninos são mais inquietos por natureza e que as mocinhas já "nascem praticamente educadas". 

Se você reparar bem nos bebês, a única coisa que difere eles são as roupas rosas, azuis, cortes de cabelos e xiquinhas. Todos espirram, bocejam, levam objetos à boca, fazem birra, choram... alguns mais e outros menos.

Cientistas são contraditórios, alguns dizem que os hormônios estimulam os comportamentos, outros dizem que bebês só tomam consciência de seu gênero ( devido ao aprendizado e "moldagem cultural"), a partir do segundo ano de vida.

No mundo animal, entre os seres humanos, podemos ver algumas fêmeas adultas caminharem e se portarem diferente dos machos. Sentam-se, caminham e gesticulam diferente. Têm pessoas que rebolam e gesticulam mais que outras.

Quem imagina uma leoa adulta rebolando? A construção social influencia nosso cérebro muito mais do que as pessoas imaginam.



Beijos "afeminados" pra vocês!



28 de mai. de 2012

Marcha das vadias!





Eu estava conversando com uma amiga feminista sobre os comentários pérolas dos machistas, que encontramos nas imagens e divulgações aqui no FB sobre a marcha das vadias. Espiem só que preciosidade selecionamos:


" prefiro ser feminina..."


" Com tanto problema no Brasil, essas vadias querem o que?"


"País cheio de problemas e o povo preocupado com bullying, racismo, feminismo."


Para os desinformados, vamos lá, vamos tentar uma explicação: 


Vocês são pessoas que não conhecem números e estatísticas, ok? Vocês não sabem que um dos problemas do Brasil são mortes, estupros e violência contra mulher e crianças. 

As pérolas competem pra ver qual a pior... Mas na minha humilde opinião, a última foi a mais engraçada! kkk Só faltou ele dizer "corrupção" também... 

Minha pergunta para os autores destas pérolas: Porquê os números assustadores de mortes, estupros e as mais variadas formas de violência contra mulher não pode ser considerado um dos problemas sociais da nossa nação?



Mais clara do que a proposta da marcha impossível... Se você não entende, meu caro, ou minha cara, precisa se tratar!

26 de mai. de 2012

Por causa do machismo, Xuxa é crucificada


Eu soube que Xuxa tinha somente 16 anos quando fez o filme que tanto tenta negar sua existência... "Amor, estranho amor". Não sei se é verdade, mas creio que ela era muito jovem. 

Ou seja, era uma criança também, uma menina que foi vítima de toda uma equipe de pornochanchada (estilo que era moda no cinema nacional nos anos 80). 

Ainda bem que esse tempo não existe mais, que temos esclarecimento sobre o que é pedofilia e exploração sexual...Naquela época não era comum essa consciência, tanto que muitos meninos praticavam atos de pedofilia, incentivados pelos próprios pais ou familiares. Quem nunca ouviu falar em meninos entre 11 e 16 anos que tiravam suas virgindades com mulheres bem mais velhas" da vida"? 


Eu já fui uma das que pensava que era um absurdo o que Xuxa fez. Mas fui influenciada a pensar assim. Fui uma criança adolescente, criada por pais conservadores e que não falavam nada sobre sexo comigo. Assim como outras, de minha época. A gente tinha ideias bem distorcidas do que era sexo. Tudo que aprendíamos, era com amiguinhos ( muitas vezes bem leigos). Tenho dificuldade de lembrar, só sei que pensava muita coisa feia sobre sexo. 

Eu acredito que tem todo um contexto machista que era normal naquela época, sem falar que é fácil a gente julgar os outros quando temos uma família com tudo nos "conformes", sem passar necessidade...  Enfim, porquê tanta crucificação de Xuxa e porquê ninguém fala sobre Flavia Monteiro que era uma menina de 15 anos que contracenou nua com um "corôa"? Quando o homem é mais velho, pode? Na boa, que diferença tem entre 12 e 16 anos? São adolescentes em formação... São crianças ainda! 


Ainda bem que não abusam mais sexualmente de crianças, pelo menos, nos filmes.

Panicat careca é fichinha perto de outras humilhações





Essa do cabelo, da tal moça, foi tranquilo demais. Nem achei nada demais. Ela ganhou uma graninha boa, eu faria por menos até. hehe 

Humilhação mesmo foram outros vários dias... Alguém viu o dia que elas foram obrigadas a pegar minhocas ? Um rapaz davaordens em tom sarcástico e elas eram obrigadas a pegar... Outra humilhação foi o dia que foram suspensas pelas suas calcinhas até que a calcinha estourasse. Isso é humor, desde quando, minha gente?

Uma cidadã chamada Amanda, tem um programa que faz apologia à violência doméstica e faz sucesso na internet. Já vi qui no meu FB algumas pessoas (que infelizmente fazem parte da família do meu pai, para meu desgosto profundo) dizendo que "morre de rir" com o programa.

Certamente a mesma pessoa que morre de rir de Pânico na TV. Sinto vergonha alheia dessas pessoas... Mas isso tudo, na nossa sociedade, é considerado humor... eu é que sou uma maldita politicamente correta, segundo Jô soares, Rafinha Bastos e o pseudo-intelectual do Danilo Gentili que andou disseminando texto racista sob o pretexto de que era um raciocínio inteligente e as pessoas o apoiaram.

Meu questionamento é qual a graça disso tudo? Que mecanismo de emoção teu corpo provoca em teu cérebro a ponto de tu dar risadas?

Pq com homens não fazem o que fazem com as panicats? Posso dar meu palpite? Pq as pessoas aprendem que não é engraçado.

Pq homens não são submetidos a ordens (enquanto usam roupas que deixam seus corpos sarados semi nus), a tudo que as panicats fazem?

Pq essa graça toda com o gênero feminino? Os homens e mulheres que riem disso tudo, foram criados em ambientes machistas. Todo adulto machista foi uma criança machista. Que repassa seus "valores morais" e de " cidadão de bem" para seus filhos, ou seja, as próximas gerações.
Convido a todos a refletirem e melhorarem seu nível intelectual. Não aceite que lhe digam o que te faz rir. O que te faz feliz. Crie sua maneira de ver a vida!

28 de abr. de 2012

Neurótica, eu?


Quero ser cada vez mais linda. E só! 



Um dia desses eu fui numa loja falar com a dona a negócios. Enquanto eu aguardava, uma menina linda estava provando roupa. Ela se queixava da barriga dela, pois tinha tido uma nenê, que agora estava com 8 meses e ainda não tinha perdido a tal barriga que ela enxergava ter.

Eu só conseguia achar a menina linda, o corpo dela lindo, tipo ela era a própria Juju Panicat, loira e super bonita de rosto e de corpo. (A diferença é que ela não vive da imagem dela, ela contou que trabalha no setor hoteleiro).  Apesar de uma micro-mini saliência na barriga ( tipo não era pra dentro, mas nem nas atrizes de TV vejo isso, só nas capas de revistas), o corpo era perfeito. Ela devia ter 1,67, por aí e e 50 kg no máximo.

Ela se queixava amargamente e as meninas da loja davam dica de clínicas de estética pra ela. O assunto ficou em torno disso, mais de uma hora, sem exagero... eu mofei lá esperando... Essa cena eu já presenciei em pelo menos mil grupinhos de amigas dos outros. Principalmente em festinhas de aniversario de crianças, filhas de mães, que não tenho muita intimidade. (Aí fica aquela cena clássica: só as mães cuidam das crias, falam horas seguidas sobre seus corpos, e os homens bebem e se divertem. Sempre acho a ala masculina mais divertida).

"Já fizeste aquela massagem indiana? E aquela marroquina? É ótima elimina mesmo. Mas o melhor mesmo, é carboxiterapia. Ou a siliconenexeria ou a botoxrugaria. Você faz uma lipo com o Dr. fulano que é ótimo, (menina, já fiz 3 vezes com ele e as 3 x, amei!) Aí depois faz uma manutençãozinha de 3 x por semana na clínica de estética. Nos outros dias, vou ao salão e faço bronzeamento artificial, hidratação no cabelo, cuido das minhas unhas e sobrancelha. Também quero arrumar tempo pra malhar, estou achando meus braços meio flácidos, olha aqui! " Disse a tal moça apontando para seu braço normal, de uma pessoa de peso e estatura mais pra magra do que pra gorda.

E depois somos nós, feministas, que lutamos contra essa ditadura infeliz, que somos neuróticas. Vai entender!!!!






PS: Que fique claro, não sou contra estas mulheres, apenas tenho pena, pois acho que todas elas podem ser muito mais do que só rostinhos bonitos.

22 de abr. de 2012

Feminismo nosso de cada dia


Feminismo nosso de cada dia

Porquê mulheres fortes e independentes ainda são machistas?

Eu tenho 37 anos, 2 filhos. Sei que ninguém precisa se expor, mas me exponho. Tenho orgulho de ter mudado e de hoje ser feminista. Tentar contribuir com um mundo melhor para as mulheres. Costumo dizer que se eu ajudar uma mulher que seja, SÓ UMA que esteja em apuros, eu já me sinto feliz e recompensada pela minha militância. Porquê eu gostaria de ter tido essa ajuda que não tive de ninguém quando precisei. Sofri muito por machismo em minha vida.

Nem todo relacionamento é pra sempre, quisera eu ter conhecido só o lado dos homens bons e respeitadores. Quisera eu estar com meu namorado atual há mais de 10 anos e ter " dado" só pra ele, confiado só nele.  Na vida, nem sempre a gente opta, a gente simplesmente vive os momentos. Nem sempre aparece o homem da vida da gente, o mais importante é se amar. Foi bom ter vivido coisas ruins, não fosse ele, talvez fosse só mais uma mulher a reproduzir o que ouço por aí como certo e errado acerca do meu gênero.

Esse lado feminista, diga-se de passagem é o lado mais importante que uma mulher pode ter. Só se você for muito privilegiada e não passou por momentos tristes por causa do machismo. Duvido muito. Impossível. Pelo menos uma vez na vida alguém vai te deixar se sentindo péssima. E pode crer minha amiga, 90% das vezes que você sentir culpa, será por causa do machismo.

Caso não sejas privilegiada, bem vinda ao grupo das oprimidas. Nem sempre é necessário sair com faixas feito "loucas" no meio da rua. Se mudamos nossa cabeça, já estamos contribuindo.

Não sou Cristiane F, drogada e prostituída. Mas tive meus problemas. Infelizmente sofri muito, fui ignorante, me submeti a certas coisas que hoje só de lembrar me dá calafrios. Passou, ainda bem! Aprendi muito e aprendi que não é só na favela que se apanha. Não é só mulher submissa, sem escolaridade que é agredida verbalmente e fisicamente. É um pesadelo ver que está acontecendo com você, logo você, uma mulher forte, independente financeiramente, bem resolvida, que faz o que quer com seu corpo. Eu fumava, bebia, nunca me importei se alguém achava feio ou bonito meu comportamento.

Fui uma mulher que peitou a família e a sociedade, quando ouvia, certos comentários, respondia com indignações que ecoavam aos 4 ventos do tipo:" Isso é machismo, falso moralismo!"  Mas no fundo, essa mulher tinha medo de ser ela mesma. Foi machista a partir do momento que se submeteu e aguentou certas coisas ( tento arrumar desculpas e fugir dessa realidade, mas não tem como, fui sim!).  Aconteceu comigo sim, no passado quando comecei a me sentir mulher adulta de verdade.Tudo era confuso, os sentimentos eram todos embaraçados. Eu queria ser eu, mas sentia medo de não ser aceita. Não sabia nem o que era feminismo nessa época. Achava que era uma ideologia de lésbicas, e, só isso.

Me apegava a Deus e achava que ele era todo poderoso, praticamente o príncipe encantado que me salvaria. Fantasiava que ele existia e me tiraria daquela vida. Só ele poderia fazer uma mágica. Por dentro era hemorragia no meu peito. Sofrimento que não acabava mais, porque eu era diferente de todas? Porque só eu achava todo aquele papo de hormônios masculinos uma grande e injusta baixaria "científica" inventada? Porque minhas amigas repetiam clichês machistas, e por dentro eu dava risadas, mas não tinha coragem de falar que aquilo não fazia sentido? Porque me submeti a estar com um homem agressivo? Em nome de quê? Simples, minhas caras aprendizes: em nome da minha baixo autoestima, que acreditava que não merecia respeito.

Achava que todo homem era igual e que eu não mudaria o mundo, como ouvi de muitas pessoas quando tentei desabafar o que sentia. Várias vezes, volto a dizer, eu, que tinha fama de braba, guerreira, independente, forte. Mas tinha um deslize que era o mais grave de todos: acreditava que a culpa era minha. Eu que provocava.

Hoje sinto vergonha de não ter tido conhecimento antes. De não fazer do pensamento feminista minha filosofia de vida.  De não ter questionado se Deus tinha tempo mesmo pra ver minha situação (No mínimo, eu deveria ter pensado: com tantas crianças morrendo de fome na África, ele realmente estaria preocupado comigo que tinha comida na mesa?). De não ter procurado fazer minha vida melhor, em vez de esperar por uma fada encantada. De não ter seguido mais meu coração em vez de dar ouvidos pra o que me ensinavam que era felicidade, " verdade" ou " certo".

Não me faço de vítima, EU FUI vítima. Vítima de um sistema desumano, injusto e criminoso que  nem tem nome é um conjunto chamado: sociedade, religião e moralismo.

Aí o tempo passou. Não foi um belo dia, foi aos poucos. Conforme os anos foram passando, fui mudando meus pontos de vista... me libertei, vivi sozinha um bom tempo. Ouvi falar do tal feminismo, vi mais mulheres querendo ser livres... Livres de verdade! Sem hipocrisia! Vi minha vida se libertar porque eu mudei, eu me ajudei, eu abri minha mente. Descobri que muitas coisas eram mais importantes do que ter um homem, belos sapatos altos, roupas, sobrancelha feita, pele perfeita, corpo cuidado e uma família de propaganda de margarina. Caiu por terra boa parte do que eu adorava ler na revista Nova, Cláudia e afins.

Resolvi ser eu. A fama de chata, sincera demais e desagradável aumentou. Ouvi o povo dizer que minhas ideologias eram de adolescente e que mudariam conforme eu ficasse mais velha. Mas que nada, parece que quanto mais velha fico, mais sou sonhadora, mais tenho esperança! Gosto de pensar que unidas venceremos. Mesmo sabendo que corro risco de me iludir, mesmo assim adoro pensar assim.  Acredito que felicidade é não ser alienada sobre nosso gênero. É a ignorância que faz a mulher ser machista e infeliz. Ser feliz, definitivamente, não é agradar todo mundo. É agradar si mesma.

Hoje o pensamento é parecido com o daquela época: Porquê, por que sou tão diferente de tantas? Ainda há aquela ânsia no meu peito, aquela inquietude. Mas agora sou muito mais feliz tendo noção das respostas. O feminismo elucidou minha cabeça. Gostaria de poder ter lido ou escrito esse texto aos 17, 18 anos. Mas nunca é tarde.


27 de fev. de 2012

Será que existem Guaracys?



Esse post é uma homenagem ao personagem Guaracy, da novela Fina Estampa. 






O que dizer sobre Guaracy? Ele é a evolução do ser humano macho... Eu tenho esperança que os homens se modernizem e evoluam! Eu acredito que existem Guaracys na vida real. E vocês? :)




26 de fev. de 2012

Um brinde à amizade virtual!

Cada vez mais convencida de que, em época de internet e redes sociais, o conceito amizade mudou completamente. Somos capazes de reconhecer afeto em um(a) amigo (a) apenas pelas palavras que escreve. Bem como, somos capazes de perguntar: "como pude já ter sido amigo ou gostar (a) de tal pessoa?"

Diferenças podem até existir e não atrapalhar uma amizade. Claro! Mas opostos não se atraem. O contrário é pura lenda! Essas pessoas só descobrem isso, depois que o tempo passa. Depois que o tempo mostrou a essência de cada um.

Porquê quando a gente não viveu intensamente várias situações, a gente julga com mais facilidade, não somos maduros suficientemente pra selecionar as amizades, nem o que queremos pra nossa vida. (Se bem que a gente fica velho aprendendo!). Já fui inocente e desconhecia muitas informações sobre a vida e o mundo. Sou humilde pra assumir.

Querer se apropriar de verdades e repassá-las como algo imutável e inquebrável, é uma forma de negar a capacidade inteligível do cérebro. Digo isso sem medo de ser feliz. Por isso, toda amizade é vulnerável e só se mostra verdadeira com muitas provas.

Muitas pessoas a gente nem conhece pessoalmente, mas afinam-se no nosso pensamento de uma forma confortável e agradável. Melhoram nosso dia, nosso humor, nossa esperança e nossa vida.

Meu grupo é bem seleto, não tenho interesse em fazer número, ou ser marqueteira, pois não vivo de minha imagem. Ainda bem que não sou uma pessoa que depende de fama pra ganhar dinheiro! Pobres pessoas que precisam mascarar sua personalidade pra agradar os outros.

Faço o que quero, escrevo o que quero, digo o que quero. Meu único critério é não ofender ninguém, muito menos impor que o que eu digo seja tomado como verdade, escutado ou lido. Mas grito o tanto que eu quiser, doa quem doer.

Hoje eu quero gritar bem alto que estou CAGANDO pra muita gente. Eu não me importo em agradar ninguém. Me sinto bem em dizer aos paquidermes  hipócritas, o quanto eles significam um poste sem luz na minha vida.

Minha amizade funciona na base da reciprocidade e da troca. Se eu te acrescento, você também me acrescenta. Simples como uma curtida no Facebook.

Eu me importo com o as pessoas que precisam de mim ou não, mas que sentem-se bem ao ouvir o som ou a grafia do meu nome.
Mas aviso que não sou tão radical como andam dizendo por aí: ou capaz de gostar até dos diferentes de mim. Gosto dos felizes, dos infelizes. Dos verdes e vermelhos.

Meu ego está inflado, peço desculpas aos que se incomodam. Me realizo sendo eu, com o orgulho de ter o símbolo feminista estampado no peito. Me importo com mulheres que nunca vi na vida, que podem até nem gostar de todas as minhas ideias, mas precisam de ajuda.


Na vida, ter amigos que querem sugar nossa bebida, aparecem muitos. Mas os que brindam conosco, sem sequer querer saber o rótulo ou o conteúdo da nossa garrafa, são raros! Mais raro ainda é ter amigos que sequer bebem, moram a km de distância, nunca nos viram pessoalmente, mas brindam.


Se você se identificou, faça-me o favor de no final dessa leitura dizer: Tim -tim!

23 de fev. de 2012

Mais um assassinato

Quando eu digo que mulheres morrem por que homens as amam muito pouco, nada ou pior que isso, as odeiam, é porque a gente ainda vê no noticiário uma mulher morrer porque reagiu a uma cantada.





Alguns sussuram obscenidades, outros cumprimentam sem conhecer, há os que gritam ofensas dos carros, os que ousam pegar na mão, e ainda os que se atrevem a abusar com toques e tantas outras formas de violência sexual. O homem que atirou contra essa mulher não é diferente de muitos outros no cotidiano, ele só levou às últimas consequências seu inviolável direito de acesso ao corpo das mulheres. Não se trata de um psicopata, já que diariamente a sociedade legitima a violência machista, tornando comum e aceitável o assédio contra as mulheres.

Se revidamos aos agressores, somos "estressadinhas", loucas, imprudentes.Já tem um monte de gente culpando a moça por estar em uma festa sozinha, por se defender, e até questionano a roupa que usava - acusando as vítimas e tratando agressores como fenômeno comum e inevitável. Outros, considerados mais sensatos, falam sobre a punição terrível que merece o assassino, mas o tratam como uma exceção, um ser violento cuja agência individual foi a única responsável pela tragédia. Como se colocá-lo na cadeia para ser estuprado fosse resolver o problema da segurança das mulheres. Além de não solucionar merda nenhuma, ainda serve como formação intensiva para um novo estuprador.

Devemos zelar pela nossa segurança, mas não reagir a um agressor pode ser tão perigoso quanto reagir. Se não tomarmos de volta o direito aos nossos corpos e à nossa liberdade no espaço público, ninguém vai fazê-lo por nós.

Quantas mulheres vão ter que morrer para que o nosso "não" seja levado a sério?

By Cely Couto

Não sabe decifrar os códigos de lavagens? Pergunte a sua mãe!

Impressão minha ou tem indústria têxtil que perpetua a cultura machista embutindo este pensamento ( leia abaixo) como correto, sutilmente? Sou mãe e não sei como lavar essa peça, simplesmente pq sou uma péssima dona de casa! Gostaria de saber a marca pra nunca comprar!


Agora fiquei triste pq sou mãe e não sei "falar em braile" ou " grego" pra entender essas orientações de lavagens em gráficos que não falam minha língua e são mais difíceis do que uma equação matemática. 

Mto menos sei as regras dos tecidos. Volta e meia eu procuro no Google o que fazer com determinados tipos. E agora, tem que ligar no SAC pra reclamar, pois lá diz que quem não sabe decifrar, tem que perguntar as mães! :P